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Milho/GO: Preços mantém tendência de alta

A safra 2010/2011, apesar de se desenvolver bem em Goiás, deve atrasar a chegar à mão dos consumidores,


O mercado interno de milho inicia o ano de 2011 da mesma situação encontrada no último trimestre de 2011, com preços firmes. A oferta enxuta e os baixos estoques privados continuam a pressionar o mercado, que se encontra com preços acima da paridade de exportação. Nossas exportações continuam alcançando valores elevados, devido principalmente aos leilões PEP, que permitiram às empresas, que possuem um bom sistema logístico, a serem competitivas nas exportações.

No último mês de 2010, as exportações brasileiras de milho alcançaram o volume de 1,92 milhões de toneladas, o que resulta num acumulado da safra 2009/2010 (iniciado em fevereiro 2009) próximo de 10 milhões de toneladas. Não seria absurdo se estes números chegassem a valores finais, com a somatória do mês de janeiro, acima de 11 milhões, pois os últimos leilões realizados pelo governo federal permitem data limite de escoamento até o primeiro trimestre de 2011. Além disso, o mercado internacional se encontra aquecido e a demanda pelo milho, após a quebra do trigo na região do Mar Morto, continua constante. Um claro exemplo disso é o premio de exportação do milho no Golfo do México, o qual se encontra com valor 33% acima do que na média dos últimos 5 anos.

A safra 2010/2011, apesar de se desenvolver bem em Goiás, deve atrasar a chegar à mão dos consumidores, isso devido dois fatores: o atraso no plantio da safra verão, já que chuvas mais acentuadas só chegaram ao campo a partir de outubro passado e ao pouco volume cultivado nos pivô, pois grande parte das áreas irrigadas foram cultivadas com feijão. Neste sentido, a pouca oferta presente no mercado e disponível para a comercialização se encontra na mão do governo federal, e esta não vem atraindo os compradores, uma vez que são produtos oriundos de safras passadas e o curto prazo de pagamento não permite compra de grandes volumes.

Diante deste quadro, o mercado tem suporte para manutenção dos preços elevados, pelo menos até a entrada da nova safra, que deve ocorrer na segunda quinzena de fevereiro. A partir daí, o volume cultivado na safrinha começa a dar as cartas. Porém, mesmo com um volume considerado de milho safrinha, a demanda internacional não deve permitir preço de milho muito abaixo do que encontrado neste momento.

A análise do milho é produzida diariamente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).

Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Autor do artigo e responsável técnico: Leonardo Machado

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