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Milho não é adaptado para se beneficiar de CO2, diz estudo

Estudo foi realizado nos EUA


Foto: Marcel Oliveira

Por meio da fotossíntese, as plantas são capazes de transformar CO 2 em produção. A lógica nos diz que mais CO2 deve impulsionar a produção da safra, mas uma nova revisão da Universidade de Illinois mostra que algumas safras, incluindo o milho, são adaptadas a um ambiente pré-industrial e não podem distribuir seus recursos de forma eficaz para aproveitar as vantagens de CO2 extra. 

A maioria das plantas (incluindo soja, arroz, canola e todas as árvores) são C3 porque fixam CO 2 primeiro em um carboidrato contendo três átomos de carbono. Milho, sorgo e cana-de-açúcar pertencem a um grupo especial de plantas conhecido como C4, assim chamado porque primeiro fixam CO 2 em um carboidrato de quatro carbonos durante a fotossíntese. Em média, as safras C4 são 60% mais produtivas do que as C3.  

Quando as safras são cultivadas em elevado CO 2 que imita as condições atmosféricas futuras, a pesquisa mostra que as safras C3 podem se tornar mais produtivas, enquanto alguns experimentos sugerem que as safras C4 não seriam mais produtivas em um mundo com mais CO2. "Como cientistas, precisamos pensar vários passos à frente para prever como será a aparência da Terra daqui a cinco ou 30 anos, e como podemos projetar safras para um bom desempenho nessas condições", disse Charles Pignon, ex-pesquisador de pós-doutorado em Illinois. "Decidimos que uma revisão da literatura e uma análise retrospectiva das limitações bioquímicas na fotossíntese seriam capazes de nos dar algumas dicas sobre por que as safras de C4 podem não responder e como podemos alterar isso”, completa. 

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