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Milho que vem do Mato Grosso e que faz mal à Bahia

Governo teve que intervir para escoar excedente do Nordeste para fora do país


Mesmo com os preços atuais do milho beirando os R$ 30 a saca no Piauí e R$ 22 na Bahia, os produtores do Centro-Norte contam com uma interferência negativa para as cotações em épocas de realização de leilões governamentais para escoamento de produto do Mato Grosso. “Ano passado, quando os produtores daqui (Centro-Norte) já tinham milho pronto para ser colhido da lavoura, os bitrens carregados chegavam na cidade vindos do Mato Grosso e desequilibravam o quadro de oferta e demanda da região”, relata Alcides Viana, assessor de agronegócio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Segundo ele, o problema só foi resolvido depois que o governo interveio novamente no mercado, desta vez para escoar maior parte do excedente do Nordeste para fora do país.

“Entendemos que as políticas de subsídios do governo federal são fundamentais a qualquer agricultor do país, mas para o milho de Mato Grosso as intervenções devem ser mais moderadas porque estão causando distorções por aqui (Bahia)”, analisa Viana.

Para tentar driblar esse gargalo, os produtores de milho da região precisam ficar atentos à realização dos leilões públicos que garantem prêmios aos compradores que se com­­­prometem a retirar o produto do Mato Grosso e escoar para o Nordeste. “Quando vejo que vai sair leilão, já vou atrás de comprador para vender o milho antes. Esse é o jeito”, conta Leivandro Fritzen, de Bom Jesus, no Piauí.

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