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Milho será a estrela de 2020

Volume expressivo, excelente qualidade e grande demanda


Os preços do milho ainda não atingiram o seu patamar em que se movimentarão em 2020 e poderão apresentar lucratividades semelhantes ou até maiores do que a da soja, por exemplo, por sua maior demanda. A projeção é dos analistas da T&F Consultoria Agroeconômica, segundo os quais o cereal será “a estrela de 2020” - um ano em que se espera “grande lucratividade para toda a agricultura brasileira”.

De acordo com os especialistas, até mesmo o trigo, com todos os seus problemas estruturais de cadeia produtiva, também tende a ter uma grande lucratividade no ano que vem. “Mas a estrela, sem dúvida, deverá ser o milho, devido à sua grande demanda”. E os motivos estão presentes hoje, no mercado:

a) grande demanda externa pelo produto, com o Brasil voltando a superar o seu alto volume de exportações de 2019 e por uma razão que nos orgulha, entre outras conhecidas: o milho brasileiro tem a melhor qualidade do mundo, devido à nossa extraordinária fotossíntese, além da necessidade de recuperação dos planteis de carne ao redor do mundo;

b) grande demanda interna, para a produção de carnes de aves e suínos, cuja demanda externa também está potencializada pela quebra da produção chinesa e asiática de carnes;

c) forte aumento da capacidade de produção de etanol no Centro-Oeste brasileiro, cuja produção deverá dobrar no próximo ano.

“O milho brasileiro em 2019 atingiu o status de grande commodity no mercado internacional, não apenas por seu volume expressivo, mas também por sua excelente qualidade. Os Estados Unidos, a Argentina e a Europa produzem o que se poderia chamar de milho soft, enquanto o Brasil produz um milho que pode ser chamado de hard, como o atestaram vários laboratórios ao redor do mundo”, comenta a T&F.

Além disso, dizem eles, nossa logística tanto interna, quanto externa está melhorando muito, e somos capazes de atingir mercados a preços competitivos. O frete internacional do Brasil para a Espanha, grande compradora de milho, é 2 dólares por tonelada menor do que o do milho americano. Para o Irã, 14 dólares menor (além de não termos os problemas políticos que os EUA tem) e para o Sudoeste da Ásia 8 dólares mais barato. 

“Em segundo lugar, temos volume. Na safra 2018/19 disponibilizamos 44 MT para a exportação e na próxima, poderemos atingir algo semelhante. Além disso, nosso preço FOB é o mais competitivo: cerca de US$165,20 em Paranaguá, contra US$ 174,20 do milho americano no Golfo e US$ 177,8 na Argentina. Hoje somos o segundo maior exportador mundial, mas estamos a caminho de superar os EUA, muito provavelmente já em 2020, porque a diferença é de apenas 2 milhões de toneladas, vai depender da nossa produção de milho Safrinha. E isto que usamos apenas entre 7% e 12% de nossa área agriculturável”, apontam.

“Nenhum outro país dispõe, ao mesmo tempo, de tanta possibilidade de expansão de área, infraestrutura, mão de obra especializada, domínio de tecnologia e dinheiro para investir como o Brasil, sem falar do clima mais favorável do planeta para isto”, concluem.

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