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Milho tem melhor preço dos últimos dois anos em MG

Os produtores estão otimistas


Os produtores estão otimistas

O milho atingiu seu melhor preço dos últimos dois anos e deixa os produtores otimistas. De acordo com números divulgados pela FAEMG - Federação da Agricultura de Minas Gerais, o setor passa por um bom momento: o preço médio da saca chegou a R$27,00 em fevereiro de 2011. No mesmo período de 2009 a saca valia cerca de R$14,00.


Um armazém em Três Corações, Minas Gerais, pode guardar até duzentas mil sacas de milho, mas esta bem longe de atingir a capacidade máxima. O milho que chega fica por aqui só o tempo de ser beneficiado, logo é colocado nas carretas para seguir viagem para vários destinos do país. A explicação para esse grande movimento está no preço pago pelo produto, o melhor nos últimos dois anos.

De acordo com o diretor comercial do armazém, Paulo Sérgio Ribeiro, o produtor queria guardar mais, mas infelizmente pelo endividamento e pelos comprometimentos dos anos anteriores ele esta aproveitando este momento aparentemente bom e esta vendendo uma grande parte da sua safra.

O engenheiro agrônomo, Cícero Caldeira, explica que por causa dos preços nos anos anteriores muitos produtores deixaram o milho de lado e optaram pela soja, em função disso os estoques reduziram e o consumo permaneceu alto. “Hoje o milho está ligado a diversas cadeia produtivas, como o leite, avicultura e suinocultura”. Para Cícero a tendência do mercado é que preço suba ou fique estável. Apesar disso ele diz que “o processo é muito dinâmico, a gente não pode afirmar. O governo pode tomar algumas decisões, algumas providências que podem fazer o processo inflacionário importar milho para regular o preço do produto internamente”.


Nesse período só existe um problema para os produtores de milho, a colheita está em ritmo lento. O excesso de chuva atrapalha o trabalho na lavoura. De acordo com agricultor José Olavo, o clima afeta a produtividade. Ele já deveria ter colhido 50 % da safra, mas ainda nem começou. José espera conseguir aproveitar os preços. “É o momento que eu acho que o produtor tem que pôr o pé no chão e saber trabalhar com esse dinheiro. Procurar investir para ter retorno na própria rentabilidade da lavoura, entre outras coisas”, explica.

A alta dos preços também afeta as indústrias que tem o milho como matéria-prima. Em uma fábrica de ração, também em Três corações, são utilizadas 4 mil toneladas do produto por mês. Segundo o coordenador de compras, Mauro de Oliveira, agora é preciso trabalhar reajustando os preços : “É inevitável, não tem como a empresa assumir este custo sozinha”.

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