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Milho valorizado só no Sul

Expectativas no clima, demanda interna de proteína e possíveis novos Leilões


No Rio Grande do Sul os preços do milho tiveram uma pequena alta, não do preço FOB, mas CIF: compradores na faixa de R$ 43,50 a 44/saca CIF fabrica na Serra. “Vendedor, pra vender, pede mínimo de R$ 40 FOB, mas o frete não fecha a conta”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica. 

Segundo ele, a alta é explicável por dois fatores: “De um lado, o estado [do Rio Grande do Sul] é grande produtor de carnes e, embora o setor esteja com dificuldades, a produção ainda é grande, principalmente porque todos tem compromissos financeiros altos”.

“Por outro lado, como é o último a terminar a colheita da soja, que ainda está em curso, continua a falta de caminhões para o transporte de outros produtos e muitos vendedores de milho não conseguem escoar as vendas. Por isso, pedem (e conseguem, se a fábrica precisa) aumentar o preço para aumentar um pouco o preço do frete”, completa. 

No Paraná os preços continuam estáveis ao redor de R$ 40,00 posto fábrica, com o fluxo considerado normal. As expectativas para os próximos dias estão em cima do clima, demanda interna do setor de proteína animal e também de possíveis novos Leilões da CONAB.

“As exportações de milho estão fortemente retraídas, diante da prioridade dada à soja: nas duas primeiras semanas do mês (10 dias úteis) os embarques totalizaram apenas 113,18 mil toneladas, cerca de 60,7% a menos do que o mês de março na mesma época, mas 53,6% acima das mesmas semanas de abril do ano passado. Embora as cotações do milho brasileiro estejam muito competitivas, não há janelas nos portos para permitir o escoamento do produto”, diz Pacheco. 

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