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Minas Gerais cria Plano Diretor para Agricultura Irrigada

Estudo é pioneiro e vai servir de modelo para outros estados


Estudo é pioneiro e vai servir de modelo para outros estados

Minas Gerais possui área irrigada de 525 mil hectares, mas tem potencial para irrigar cerca de três milhões de hectares, respeitando as condições topográficas, climáticas e socioambientais, e de acordo com o uso adequado das águas para as diversas finalidades (abastecimento humano, consumo animal e geração de energia, dentre outros usos). Os dados fazem parte do Plano Diretor de Agricultura Irrigada, elaborado em parceria pelo Governo de Minas, Ministério da Integração Nacional e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Segundo o assessor especial de agricultura irrigada da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, Amarildo Kalil, o plano diretor vai balizar as ações do Governo de Minas, por meio de uma política pública voltada para o uso racional e sustentável das áreas com potencial para irrigação. A iniciativa é pioneira no país, e vai servir de referência para outros estados. “A expectativa é de que o modelo mineiro sirva de base para outras unidades da federação, uma vez que o estado apresenta uma síntese dos principais ecossistemas nacionais” explica.
Amarildo Kalil afirma ainda que o uso sustentável da irrigação possibilita multiplicar a produtividade das culturas, atendendo à crescente demanda mundial por alimentos, sem a necessidade de abrir novas fronteiras agrícolas. “Em Minas, são utilizados apenas 18% da área com potencial irrigável, e o aumento no uso da tecnologia vai trazer benefícios econômicos e socioambientais, na medida em que vai aumentar a produção de alimentos, gerar emprego e renda, além de reduzir a pressão para a incorporação de novas áreas ao processo produtivo”, explica.

Culturas indicadas

De acordo com o Plano Diretor, as culturas mais viáveis para a irrigação no Estado são o café, com destaque para a região do Alto Paranaíba, que tem aproximadamente 90% das lavouras cafeeiras irrigadas; a pastagem voltada para a produção leiteira (Norte, Jequitinhonha, Noroeste, Triângulo e região Central) e o plantio de hortigranjeiros, realçando o cinturão verde na região metropolitana de Belo Horizonte. “Estes são os setores onde o uso da irrigação apresenta maior retorno social”, afirma o assessor da Secretaria.

O Plano mostra que, com a utilização da irrigação, existe um potencial para a duplicação do valor bruto da produção para os produtores com renda anual de até R$ 400 por hectare. Para os produtores com renda entre R$ 400 e R$ 800 por hectare, é possível aumentar em 40% o valor bruto da produção, sendo metade por expansão de área irrigada e a outra por ganho de eficiência no uso da água (neste caso para os agricultores que já utilizam a irrigação). Já o grupo de produtores com ganho acima de R$ 800 por hectare, existe um potencial para aumentar em 30% o valor bruto da produção, por meio do sistema de gestão da sustentabilidade organizado por microbacia, que será a unidade de planejamento e gestão do plano diretor.

“Desde a instalação do Fórum Nacional da Agricultura Irrigada, há três anos, Minas Gerais defende a necessidade de uma política de agricultura irrigada e não apenas de obras para irrigação”, afirma o secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura, Paulo Afonso Romano, ao propor a elaboração do Plano Diretor que inova em conceitos como aprimoramento da gestão da propriedade, assegurando a sustentabilidade.

As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

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