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Minas tem alto índice de devolução de embalagens de agroquímicos

Programa desenvolvido no Sul do Estado é referência


Programa desenvolvido no Sul do Estado é referência

Em Pouso Alegre e região, no Sul de Minas, quase todas as embalagens de produtos agroquímicos, depois de utilizadas, são encaminhadas para processamento ou destruição. Para 2010 está previsto o recolhimento de 200 toneladas do material, informa a Associação dos Bataticultores do Sul de Minas (Abasmig), que responde pela administração da Central de Recebimento de Embalagens vazias de Defensivos Agrícolas, criada há dez anos.

Para comemorar os resultados alcançados pela central, a Abasmig realizou um evento que teve a participação do secretário da Agricultura, Gilman Viana Rodrigues. A solenidade fez parte da “Celebração do Campo Limpo”, realizada em todo o país no dia 18 de agosto para estimular as práticas de sustentabilidade na agricultura. Um dos destaques da programação em Pouso Alegre foi a entrega de placas de reconhecimento a produtores mineiros ou empresas que compareceram com maior quantidade de embalagens utilizadas. Em seu pronunciamento, o secretário Gilman Viana explicou que “a busca da sustentabilidade deve fazer parte da vida de cada um”.

Segundo Viana, “a evolução do mundo mostra que as demandas de hoje são iguais às de ontem, acrescidas dos problemas de hoje, e o conhecimento é que proporciona meios para continuarmos produzindo e preservando a vida”.

Unidade pioneira

O programa de resgate das embalagens utilizadas de agroquímicos conta com a participação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Emater-MG, vinculados à Secretaria da Agricultura. De acordo com o secretário executivo da Abasmig, José Daniel Rodrigues Ribeiro, depois da criação da central de coletas de Pouso Alegre, que marcou o início dos trabalhos em Minas, foram instaladas mais dez unidades semelhantes no Estado. “Nessas unidades é feita a seleção e prensagem de embalagens procedentes de 80 pontos de recolhimento espalhados pelo Estado. Seis pontos estão localizados na região abrangida pela Abasmig”, acrescentou.

José Daniel explicou que os produtores de municípios não dotados de pontos de coleta podem colocar as embalagens usadas na própria central de recepção de Pouso Alegre para serem integradas ao lote destinado a processamento. Há processadoras em diversos Estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo, e cada uma trabalha com material específico, predominando o papelão, plástico e aço. Segundo o secretario executivo, as embalagens que não possibilitam lavagem são encaminhadas para uma unidade incineradora de São Paulo.

De acordo com José Daniel, o recolhimento de embalagens do Brasil tem demonstrado mais eficiência do que os programas com a mesma finalidade existentes nos outros países. “A quantidade de embalagens recolhida anualmente pelos produtores brasileiros é superior a 30 mil toneladas, volume 10% maior que o registrado no resto do mundo. Em Pouso Alegre e região, o índice de devolução alcança 95%”, enfatizou.

O gerente de Desenvolvimento Tecnológico e Destinação Final de Embalagens do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), Ricardo Dellinguini, confirmou a avaliação da Abasmig. “A tecnologia brasileira de resgate de embalagens de agroquímicos é reconhecida entre trinta países que adotam a mesma política”, informou.

As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

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