Mineiros aproveitam preços para plantar mais
Lavouras de grãos ganham 95 mil ha. Milho puxa números para cima e ultrapassa a soja
Lavouras de grãos ganham 95 mil hectares. Milho puxa números para cima e ultrapassa a soja
Estimulados pelos preços da soja e do milho – que tiveram queda mas seguem em patamar considerado remunerador –, os agricultores de Minas Gerais estão ampliando suas apostas sobre os grãos neste verão. O aumento de área plantada em relação ao ciclo 2010/11 é de 95 mil hectares, prevê a Expedição Safra Gazeta do Povo. Com 1,22 milhão de hectares, o milho protagoniza o salto dado pela agricultura mineira e ultrapassa inclusive o terreno ocupado pela soja, que deve ficar com 1,10 milhão de hectares.
Se o clima continuar ajudando o desenvolvimento das plantações, a expectativa é que o estado retire 9,28 milhões de toneladas das lavouras – 3,08 milhões de toneladas de soja e 6,20 milhões de toneladas de milho. O aumento de 3% observado neste ano ocorre em áreas que já eram utilizadas para a agricultura, mas foram deixadas de lado temporariamente.
“Os produtores rurais estavam desmotivados com os preços, por isso fizeram cobertura e agora que o preço está bom voltaram ao cultivo”, explica Pierre Vilela, coordenador técnico da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg). Ele afirma que o movimento de expansão da produção agrícola é provocado pelos investimentos realizados pela ferrovia Centro-Atlântica, que tem facilitado o transporte de grãos pelo terminal de Pirapora (região Noroeste), mas que o potencial agrícola do estado está limitado. “Minas só deve crescer com produtividade, porque área não temos mais”, sentencia Vilela.
Como as chuvas têm caído em todas as regiões e em boas medidas, a expectativa dos agricultores mineiros é de que os rendimentos da soja sejam ligeiramente maiores que o de 2010/11. “Aqui na região, trabalhamos com potencial médio de 3 mil quilos por hectare (kg/ha). Ano passado, alcançamos 2,7 mil kg/ha porque tivemos problemas pontuais na colheita”, lembra José Américo Carniel, agricultor e diretor do Sindicato Rural de Unaí, município que mais colhe grãos em Minas Gerais. O número esperado por Carniel está em linha com o da Expedição Safra, que projeta rendimento da soja em 2,86 mil kg/ha, contra 2,85 mil do ciclo passado.
Puxada pelo desempenho de regiões que pouco investem em tecnologia, a produtividade do milho, porém, tende a fechar abaixo da temporada anterior. O Indicador Expedição Safra calcula que o cereal deve render 5,1 mil kg/ha, contra 5,2 mil alcançados em 2010/11. Na tentativa de reverter esse quadro, Minas Gerais tem apostado fortemente em irrigação artificial (com pivôs) e também em sementes geneticamente modificadas, revela Carniel. “A maioria dos produtores tem respeitado somente os 10% da área com milho convencional para refúgio. Quem tem pivô chega a colher 13,8 mil kg/ha”, diz.
Estimulados pelos preços da soja e do milho – que tiveram queda mas seguem em patamar considerado remunerador –, os agricultores de Minas Gerais estão ampliando suas apostas sobre os grãos neste verão. O aumento de área plantada em relação ao ciclo 2010/11 é de 95 mil hectares, prevê a Expedição Safra Gazeta do Povo. Com 1,22 milhão de hectares, o milho protagoniza o salto dado pela agricultura mineira e ultrapassa inclusive o terreno ocupado pela soja, que deve ficar com 1,10 milhão de hectares.
Se o clima continuar ajudando o desenvolvimento das plantações, a expectativa é que o estado retire 9,28 milhões de toneladas das lavouras – 3,08 milhões de toneladas de soja e 6,20 milhões de toneladas de milho. O aumento de 3% observado neste ano ocorre em áreas que já eram utilizadas para a agricultura, mas foram deixadas de lado temporariamente.
“Os produtores rurais estavam desmotivados com os preços, por isso fizeram cobertura e agora que o preço está bom voltaram ao cultivo”, explica Pierre Vilela, coordenador técnico da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg). Ele afirma que o movimento de expansão da produção agrícola é provocado pelos investimentos realizados pela ferrovia Centro-Atlântica, que tem facilitado o transporte de grãos pelo terminal de Pirapora (região Noroeste), mas que o potencial agrícola do estado está limitado. “Minas só deve crescer com produtividade, porque área não temos mais”, sentencia Vilela.
Como as chuvas têm caído em todas as regiões e em boas medidas, a expectativa dos agricultores mineiros é de que os rendimentos da soja sejam ligeiramente maiores que o de 2010/11. “Aqui na região, trabalhamos com potencial médio de 3 mil quilos por hectare (kg/ha). Ano passado, alcançamos 2,7 mil kg/ha porque tivemos problemas pontuais na colheita”, lembra José Américo Carniel, agricultor e diretor do Sindicato Rural de Unaí, município que mais colhe grãos em Minas Gerais. O número esperado por Carniel está em linha com o da Expedição Safra, que projeta rendimento da soja em 2,86 mil kg/ha, contra 2,85 mil do ciclo passado.
Puxada pelo desempenho de regiões que pouco investem em tecnologia, a produtividade do milho, porém, tende a fechar abaixo da temporada anterior. O Indicador Expedição Safra calcula que o cereal deve render 5,1 mil kg/ha, contra 5,2 mil alcançados em 2010/11. Na tentativa de reverter esse quadro, Minas Gerais tem apostado fortemente em irrigação artificial (com pivôs) e também em sementes geneticamente modificadas, revela Carniel. “A maioria dos produtores tem respeitado somente os 10% da área com milho convencional para refúgio. Quem tem pivô chega a colher 13,8 mil kg/ha”, diz.