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Ministério da Fazenda está indeciso em relação às dívidas

Para a CNA falta uma clareza maior sobre a importância do setor para a economia


Brasília - Para o presidente da Comissão Nacional de Crédito Rural da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Carlos de Vaz Sperotto, existe uma atitude receptiva do Ministério da Agricultura na negociação das dívidas rurais, mas falta à equipe econômica uma clareza maior sobre a importância do setor para o conjunto da economia. “O ambiente é proativo, mas há muita resistência por parte da Fazenda. O governo precisaria considerar os resultados positivos da agricultura na economia brasileira”, afirma Sperotto.

Críticas:

A posição do Ministério da Fazenda é alvo de críticas diretas da bancada ruralista, a começar pelo presidente da subcomissão de endividamento da Comissão de Agricultura, Abelardo Lupion (DEM-PR). “Eles querem produtores quebrados?”, pergunta Lupion.

A crise mais recente da agricultura coincide com a desvalorização do dólar. Em 2004, quando começou o processo de valorização do real, ocorreu a primeira grande estiagem que afetou o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. No ano seguinte, o fenômeno climático El Niño provocou nova seca, que, desta vez, atingiu os Estados do Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Para agravar a situação, os preços das commodities agrícolas, que estavam em alta nos anos anteriores, sofreram forte queda no período. As culturas mais afetadas são: algodão, soja, arroz, milho, trigo, feijão e café.

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