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Ministério desenvolve ações para controlar lagarta da maçã

Meta é erradicar a praga no município de Caxias do Sul/RS, até o início de 2012


As temperaturas amenas na região Sul propiciam o surgimento da praga Lagarta da Maçã (Cydia pomonella). Para evitar perdas nas lavouras dessa região - responsáveis por 99,6% da produção brasileira de maçã - o Ministério da Agricultura investirá, neste ano, R$ 757,6 mil em ações de monitoramento. Estão instaladas cinco mil armadilhas nos municípios de Lages (SC), Vacaria (RS) e Caxias do Sul (RS), onde a praga já foi detectada.
“Desde 2009, não temos registro da lagarta da maçã em Caxias do Sul. A expectativa é declararmos a praga erradicada do município, até o início de 2012. A medida é um dos requisitos importantes para a exportação de maçãs”, informa o chefe da Divisão de Prevenção, Vigilância e Controle de Pragas do Ministério da Agricultura, Ériko Sedoguchi. Neste ano, foram detectados três insetos em Vacaria e três em Lages. Nesses casos, cabe aos técnicos do Ministério da Agricultura eliminar as plantas hospedeiras da praga - macieira, pereira, amexeira, marmeleiro e nogueira (pomar de nozes).

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a produção brasileira de maçã alcançou 1,2 milhão de toneladas, em 2009. Santa Catarina foi responsável por 50,9%, do total; o Rio Grande do Sul por 45,5%; e o Paraná, por 3,2%. O município de Vacaria registrou produção de 217 mil t, Caxias do Sul, 117,4 mil t e Lages 11,2 mil t. Os dados referentes a 2010 serão publicados no segundo semestre deste ano.
As exportações de maçã em 2010 registraram US$ 55,3 milhões, contra US$ 56,3 milhões, em 2009. O resultado representa redução de 1,7%. As vendas, no último ano, destinaram-se principalmente para os Países Baixos, com US$ 15,5 milhões, Reino Unido, com US$ 4,9 milhões e Portugal, com US$ 4 milhões.

Saiba Mais

A lagarta da maçã foi introduzida no Brasil no início da década de 90. Além dos municípios de Caxias do Sul (RS), Lages (SC) e Vacaria (RS), a cidade de Bom Jesus (RS) também já apresentou focos da praga. Mas, em 2006, o município foi classificado como livre da praga. Nessas quatro cidades existem 33 mil hectares de pomares comerciais, mas nunca houve detecção da praga nesses locais, apenas em áreas urbanas.

Para a praga ser considerada erradicada de um município, é necessário comprovar dois anos sem detecções. Mas, por medida de precaução, os técnicos do Ministério da Agricultura ainda farão o monitoramento na região de Caxias do Sul durante este ano. A instalação de armadilhas para captura da mariposa e o corte e substituição de árvores de frutos rosáceos fazem parte do trabalho de combate à praga.

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