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Ministro da Agricultura estima aumento das exportações agrícolas


O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, previu nesta quinta-feira (27-11) aumento de 15% nas exportações agrícolas do país em 2004, o que significará acréscimo de cerca de US$ 3 bilhões nas vendas externas do setor. O aumento será puxado, segundo ele, pelos segmentos de soja e café. Desta forma, o agronegócio deverá garantir um superávit entre US$ 25 bilhões e US$ 26 bilhões no próximo ano, número semelhante ao esperado para 2003.

Rodrigues participou de painel sobre as exportações do agronegócio no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio. Na sua apresentação, o ministro informou que até 31 de outubro o saldo comercial do agronegócio, em 12 meses, atingiu US$ 24,9 bilhões. Segundo Rodrigues, o aumento da exportação agrícola em 2004 não garantirá grande salto no saldo comercial do setor porque as importações de fertilizantes e defensivos agrícolas também crescerão ano que vem.

"Minha expectativa é chegar a 2010 com exportações agrícolas de US$ 40 bilhões", afirmou Rodrigues. Isso será possível, de acordo com ele, graças ao incremento dos padrões tecnológicos e ao aumento da área plantada e da produção.

Ele avaliou, ainda, que a queda de 6,7% do PIB agropecuário no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre, será compensada no quarto trimestre pelos setores de soja, açúcar e carnes. A queda do PIB no terceiro trimestre se deveu à redução da atividade cafeeira, lembrou o ministro.

Na área externa, Rodrigues antecipou que o agronegócio brasileiro está se articulando para chegar à reunião negociadora da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), em Puebla (México), em fevereiro, com "clareza" em relação às propostas que apresentará e com "firmeza" no que se refere às demandas, apesar da resistência dos EUA em discutir subsídios no acordo hemisférico.

"O setor privado evoluiu muito, pois até pouco tempo atrás ele sabia o que não queria, mas isso mudou". A idéia, reafirmou o ministro brasileiro, será conseguir compensações na Alca, na forma de maior acesso a mercados, pela manutenção dos subsídios nos Estados Unidos.

Roberto Rodrigues salientou, finalmente, que a discussão passa por avaliar o que é mais importante para o país nessa negociação: "Açúcar ou carne, carne ou suco de laranja, suco ou etanol", disse, referindo-se aos produtos que enfrentam barreiras no acesso aos Estados Unidos. A partir desse diagnóstico, terão que ser definidas as ambições por produto na Alca, acrescentou o ministro.

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