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Ministro da Agricultura prevê futuro promissor para o agronegócio


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, instalou ontem o Conselho Nacional do Agronegócio (Consagro), que conta com 14 representantes do governo e 14 do setor privado. Compareceram também os ministros do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Segurança Alimentar, José Graziano.

Ao todo, o Consagro envolve nove ministérios, 14 entidades privadas, o Fórum Nacional dos Secretários de Agricultura, o Banco do Brasil e a Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados.

Roberto Rodrigues comemorou a “boa perspectiva que se abre para o agronegócio brasileiro", que registrou saldo de 20,3 bilhões de dólares na balança comercial do ano passado. Ele acredita, inclusive, que o saldo possa melhorar em torno de 10% este ano, em que pese as indefinições do cenário internacional, marcadas pelo iminente conflito Estados Unidos-Iraque, no Oriente Médio.

O ministro disse que em caso de uma guerra com curta duração, o Brasil poderá se beneficiar pelo aumento da demanda mundial por alimentos; e, se, ao contrário, o clima de beligerância se prolongar, o país poderá sair ganhando também, por causa de sua distância geográfica da área de conflito e dos países diretamente envolvidos. Isso pode fazer, segundo ele, com que o Brasil sirva de alternativa para investimentos de grandes conglomerados internacionais do setor alimentício.

O ministro da Agricultura explicou que o grande objetivo do Consagro é definir uma nova política agrícola, a partir da formulação de câmaras setoriais das principais cadeias produtivas do plantio à comercialização. Roberto Rodrigues adiantou que é preciso redefinir o papel do Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA) e informou que as duas primeiras câmaras setoriais vão abranger a cultura sucroalcooleira e o milho, que passam por desequilíbrios de produção, oferta e comercialização.

De acordo com o ministro, o conceito de cadeias produtivas traz embutida a negociação entre os setores público e privado, com participação direta dos consumidores. Por isso, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) tem assento permanente no Consagro. “Nosso cliente será sempre o produtor rural, mas com o objetivo de atender o consumidor”, disse.

Ele informou que no encontro de ontem foram discutidos temas variados, como fortalecimento do cooperativismo de crédito, financiamento do setor, desoneração tributária, incorporação de novas tecnologias, modernização da comercialização e criação do seguro agrícola. Mas o enfoque principal, segundo Roberto Rodrigues, foi a definição do Consagro no apoio ao Programa Fome Zero, que é a grande prioridade do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

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