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Ministro da Itália elogia produção e uso de energias renováveis em SP

Potencial de geração de bioeletricidade no Brasil pode chegar aos 15,3 mil Megawatts


“São Paulo é um laboratório global para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à bioenergia,” afirmou Corrado Clini, ministro do Meio Ambiente, Terra e Mar da Itália, durante evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) realizado na terça-feira (19-06) no Pavilhão da Itália no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro. A declaração, feita durante o painel “Sustentabilidade da Bioenergia para a Economia de Baixo Carbono”, foi interpretada pelo gerente de Sustentabilidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Luiz Fernando do Amaral, como uma referência ao peso do etanol no Estado, que é o maior pólo canavieiro do mundo.

“Mais que um laboratório de tecnologia para bioenergia devido à força da indústria de cana-de-açúcar, São Paulo é importante devido às inúmeras iniciativas que promovem a sustentabilidade no setor sucroenergético, como o Protocolo Agroambiental e o Projeto RenovAção, entre outros,” ressaltou Amaral.

Durante a realização do evento, os argumentos defendidos pelo representante da UNICA foram referendados pelo secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, que compareceu acompanhado pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin. Além de elogiar o Protocolo Agroambiental – iniciativa que desde 2007 promove a antecipação dos prazos legais para o fim da queima da palha da cana – Aníbal lembrou o potencial de outro produto derivado da planta: a bioeletricidade. O secretário paulista ressaltou a importância de leilões regionalizados para se considerar os custos logísticos na distribuição de energia, ou seja, produzir mais perto de onde se consome.

Dados da UNICA estimam que o potencial de geração de bioeletricidade no País pode chegar aos 15,3 mil Megawatts médios (MW médios) até 2020, mais do que a energia gerada por três usinas hidrelétricas do porte de Belo Monte.

Além da presença da UNICA e do Governo do Estado de São Paulo, o painel teve a participação do ex-ministro da Educação e pesquisador da Universidade de São Paulo, José Goldemberg; da vice-diretora Geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Ann Tutwiler; e do comissário para Infraestrutura da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS na sigla em inglês), Ebrima Nije.

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