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Miraguaí/RS realiza seminário para organizar cadeia produtiva do milho

A cadeia produtiva do milho enfrenta a instabilidade de preço e de produção, mas, em Miraguaí, o segmento ganha força política e organização.


A cadeia produtiva do milho enfrenta a instabilidade de preço e de produção, mas, em Miraguaí, o segmento ganha força política e organização. À frente do esforço para ampliar a área cultivada com milho, a Emater/RS-Ascar, Sicredi e Cresol, com apoio da Prefeitura e Mais Frango, conseguiram reunir nesta quinta-feira (07/07), produtores e indústria no Primeiro Seminário Municipal de Grãos. 

Durante o evento, um cenário de oportunidades foi traçado: demanda da indústria da carne de frango, crédito rural com juros mais baixos no Plano Safra 2016/2017, assistência técnica e aumento da população mundial. "Grão é vida", disse o prefeito Alencar Gross ao falar sobre a importância do milho para a indústria e renda dos produtores de Miraguaí.

O diretor geral da Mais Frango, empresa que exporta carne de frango para 20 países, como Japão, Emirados Árabes e Ilhas Maldivas, reafirmou o interesse em comprar milho produzido no município. No entanto, Adelir Weissheimer, lamentou não haver na região Celeiro milho suficiente, algo em torno de 50 mil sacos ao mês, para alimentar as aves abatidas no frigorífico local. "Por isso trazemos milho de outros Estados, como Mato Grosso, e até de outros países, como o Paraguai", lamentou o dirigente da Mais Frango.

"A falta de milho é mais grave do que vocês possam imaginar", disse o engenheiro agrônomo da Biomatrix, Paulo Rasia. "Peço a vocês, plantem milho. O consumidor final vai sofrer com o aumento da carne do frango", concluiu o agrônomo da Biomatrix.

Uma boa notícia, o Plano Safra 2016/2017, que traz redução dos juros de 5,5% para 2,5% ao ano para estimular a produção de alimentos que compõem os índices da inflação foi apresentado em detalhes por dirigentes do Sicredi e Cresol, Tiago Broetto e Bruno Sangaletti, respectivamente. "Cresceu o volume de dinheiro na região, as instituições financeiras têm o compromisso de desenvolver o local", disse Broetto.

Solos
Longe de oferecer uma "receita de bolo", o extensionista da Emater/RS-Ascar, Enéias Lenhard, insistiu no cuidado do solo e água, determinantes para uma boa safra. "Será que a conservação do solo é mais um gasto, mais um custo de produção das lavouras? Acredito que não", defendeu Lenhard. 

Ainda que o milho não remunere o produtor tão bem como a soja, Lenhard deu dois bons motivos para insistir no plantio. "Temos de pensar o milho na rotação de cultura, plantar somente soja diminui a produtividade. Milho é o combustível da pequena e média propriedade, não pode sair do planejamento", disse o extensionista da Emater/RS-Ascar. 

Sobre o desafio de cultivar soja no sul do país, o professor da FAI Faculdades Itapiranga (SC), Neuri Feldmann, traçou uma trajetória bem-sucedida da lavoura: escolha da cultivar, manejo de plantas daninhas, pragas e doenças e sanidade da semente. Isso tudo, segundo Feldmann, envolve manejo, melhoramento convencional e biotecnologia.

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