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Missão brasileira vai à Rússia garantir mercado para carne de frango


Uma missão de exportadores de frango brasileiros embarcará para a Rússia em meados de março para tentar reverter a nova quota de importação que o governo daquele país estabeleceu para o produto. O Brasil tem até o dia 1º de abril para reverter a situação, data prevista para a nova quota russa entrar em vigor.

O volume estabelecido pela Rússia para importações de frango brasileiro é de 33 mil toneladas por ano, quantidade que representa apenas 15% do volume embarcado no ano passado. Em 2002, o Brasil exportou mais de 200 mil toneladas de frango, gerando uma receita da ordem de US$ 180 milhões, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Claudio Martins.

As autoridades brasileiras querem que o governo russo reveja a base de cálculo utilizada para definir a quota. Segundo Martins, a Rússia calculou os embarques realizados antes do ano 2000, época em que o Brasil tinha uma participação muito pequena. “Queremos que a base de cálculo para a quota inclua os volumes enviados em 2001, período em que as exportações de frango brasileiro foram significativas.”

Além disso, para reverter definitivamente a restrição, o Brasil utilizará o argumento de que o produto nacional possui qualidade e é o mais barato do mundo, segundo Martins. Para a avicultura paulista, a quota irá frustar a meta estabelecida pelo setor, segundo o vice-presidente da divisão de aves da Associação Paulista de Avicultura (Apa), Erico Poser. Segundo ele, os produtores paulistas contam com o mercado russo para alavancar as vendas externas este ano. Além disso, alguns contratos já foram fechados e, se a restrição entrar em vigor, prejudicará todo o setor.

Os produtores de frango norte-americano também estão apreensivos diante das novas regras russas. Afinal, os Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores de frango do mundo, seguidos do Brasil. Alisa Harrison, porta-voz do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), afirmou estar “surpreso e preocupado” com as medidas anunciadas no início da semana. No momento, há uma missão de veterinários do USDA em Moscou.

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