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Moagem de cana cresce 67% nos três primeiros meses da safra no MS

Nos três primeiros meses da safra 2009/2010 as usinas do Estado moeram 6,7 mi de ton contra 3,9 mi de ton


A moagem de cana de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul cresceu 67,8% nos três primeiros meses da safra 2009/2010 em comparação com o mesmo período do ciclo passado, saltando das 3,9 milhões de toneladas para 6,7 milhões de toneladas. Os números foram divulgados na manhã da segunda-feira (13) pela Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado (Biosul).

Junto com o processamento de matéria-prima cresceu também a produção de açúcar pelas usinas, passando das 134 mil toneladas para 223 mil toneladas, um incremento de 66,4%, e também de etanol, que saltou dos 204 milhões de litros para 357 milhões de litros, uma elevação de 75%.

O presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, diz que mesmo com três novas usinas em funcionamento: Vista Alegre (Maracaju), São Fernando (Dourados) e Iaco (Chapadão do Sul), das sete previstas para começarem a moer este ano, o crescimento do processamento de cana no Estado pode ser atribuído em grande parte as unidades que já estavam instaladas e que aumentaram neste começo de ciclo sua produção.

Mix

Hollanda comenta que neste início de safra o mix de produção das usinas, ou seja, a quantidade de cana que é destinada a fabricação de açúcar ou de álcool, é mais alcooleiro que no ciclo passado, 72,27% contra 71,8%, mas que a tendência, em razão da crescente demanda pelo açúcar no mercado internacional é que ocorra uma redução da quantidade de matéria-prima destinada a produção do combustível para cerca de 67%, aumentando para 33% a que é voltada para a produção do açúcar.

O presidente da Biosul relata ainda que a projeção da entidade é que neste ano a safra seja mais curta, apenas oito meses, de abril a dezembro, contra os 12 do ciclo passado (de abril de 2008 a março de 2009), em decorrência do fenômeno climático La Ninã que deve provocar uma grande quantidade de chuva na região Sul do Estado no fim do ano. “Como deve chover muito as usinas não vão ter condição de moer, e, por isso, vão encerrar mais cedo a safra”, explica.

Ele diz que a seca que ocorreu na região no fim de 2008 e que propiciou que várias usinas esticassem a moagem no ciclo passado deverá provocar uma pequena quebra da safra atual, entre 10% e 15% e que isso refletirá na projeção de moagem de 31 milhões de toneladas feita para o Estado, bem como na produção estimada de 1,698 bilhão de litros de álcool e de 1,325 milhões de toneladas de açúcar. “Que vai afetar vai, só não sabemos ainda quanto. Então é difícil que atinjamos o patamar previsto, mas isso vamos saber apenas mais para frente, lá por setembro”.

Expansão

Hollanda reiterou a projeção feita pela Biosul no início do ano, de que ainda em 2009 o Estado passará de 14 para 21 unidades sucroenergéticas. Com o aumento do número de usinas, ele calcula que o número de empregos gerados pelo setor passará dos 30 mil para 56 mil.

Entretanto, ele revela que existem pelo menos outros 25 projetos de instalação de usinas em Mato Grosso do Sul. “Acredito muito no setor. Mato Grosso do Sul é uma nova fronteira sucroenergética consolidada. Tem terra de boa qualidade para a cultura, o governo é receptivo aos projetos, temos muitas áreas de pastagem degradadas que podem ser utilizadas para a ampliação da área de plantio da cana, a demanda por etanol no mercado interno vem aumentando e a por açúcar, nos próximos três anos é muito forte”, concluiu.

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