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Moçambique detecta surto de febre aftosa e abate 45 bovinos

O foco foi detectado em 26 de março nas localidades de Nhamavila e Manjacaze, ambas na província de Gaza, mas os animais são provenientes de Tete


As autoridades veterinárias moçambicanas detectaram um surto de febre aftosa no sul do país, que levou já ao abate e incineração de 45 bovinos e à proibição da movimentação de gado por tempo indeterminado.

De acordo com o diário moçambicano Notícias, o foco foi detectado em 26 de março nas localidades de Nhamavila e Manjacaze, ambas na província de Gaza, mas os animais são provenientes de Tete (centro) e foram levados para o sul do país "por uma organização não-governamental com o objetivo do fomento pecuário para a comunidade".

As restrições à entrada e saída de animais foi, por essa razão, estendida à província de Tete, adianta o mesmo jornal, calculando que mais de 14 mil animais podem estar em risco no sul do país.

"Logo que confirmamos a presença de sinais que sugerem a presença de febre aftosa, sobretudo lesões na boca e nos cascos, abatemos os animais doentes e restringimos a circulação de gado em Nhamavila e Manjacaze, por forma a evitar que a doença se espalhe com facilidade para outras áreas consideradas ainda livres da doença", afirmou Sara Macie, chefe dos Serviços Provinciais de Pecuária de Gaza, citada pelo diário.

A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa, que só afeta animais, podendo ter graves conseqüências econômicas, quer pelo abate dos animais infectados, quer pelo embargo às exportações de gado, carne e produtos lácteos.

Foi o que aconteceu recentemente ao Brasil, que ficou proibido de exportar carne de bovino para a União Européia devido à descoberta de focos desta doença em vários estados.

A União Européia decidiu também, no ano passado, embargar as importações de carne de vaca de alguns departamentos da província argentina de Corrientes (Nordeste), afetados por uma epidemia de febre aftosa.

A doença pode propagar-se por via aérea, podendo ainda ser transportada pelas rodas de um caminhão ou pelas solas dos sapatos de um turista.

Em fevereiro de 2001, a Grã-Bretanha foi afetada por surtos de febre aftosa que levaram a Comissão Européia a proibir as exportações de gado, carne e produtos lácteos para os restantes Estados-membros.

Além do embargo, Portugal adotou naquela época outras medidas de precaução, como a inspeção de todos os passageiros provenientes do Reino Unido que entrassem no país por via aérea ou marítima.

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