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Monsanto recorre de condenação envolvendo glifosato 

Jardineiro alega ter contraído câncer ao manusear herbicida


A fabricante de pesticidas norte-americana Monsanto, agora pertencente à alemã Bayer, entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos, contra uma decisão que a condenou a pagar US$ 289 milhões. Na ocasião, o júri popular entendeu que um jardineiro teria contraído câncer ao manusear o defensivo Roundup, cujo princípio ativo é o glifosato. 

A Monsanto nega que o herbicida seja carcinogênico e afirma que existem centenas de estudos que confirmam essa afirmação. De acordo com os advogados da empresa, o defensivo é utilizado há quase quarenta anos e nunca foi constatado nada parecido. Alega ainda que o argumento de que o produto possa causar algum tipo de câncer não possui base científica. 

“A decisão do júri está totalmente em desacordo com mais de 40 anos de uso no mundo real, um extenso corpo de dados científicos e análise apoiam a conclusão de que os herbicidas à base de glifosato são de utilização segura para o uso e não causam câncer em seres humanos”, afirmam. 

Para a Bayer, que adquiriu a Monsanto recentemente por US$ 57 milhões, a afirmação dos advogados do jardineiro não foi provada no tribunal e, por isso, não teria valor científico e legal suficientes para uma condenação. Além disso, afirmou que o surgimento da doença associado ao uso do pesticida pelo jardineiro seria enquadrado como uma casualidade, sem ter qualquer relação. 

A empresa está exigindo a anulação do veredito da juíza Suzanne Bolanos. Caso isso não seja possível, a Monsanto pede que a indenização seja revista e o montante diminuído, alegando que o ideal seria a realização de um novo julgamento.

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