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Monsanto vê queda de área de algodão nos EUA

A estimativa é de uma semeadura de 12,5 milhões de acres nos EUA


ORLANDO  (Reuters) - O plantio de algodão nos Estados Unidos em 2012 deve cair de 17,8 por cento, para cerca de 12,5 milhões de acres, embora isso ainda dependa muito dos preços do algodão e de grãos rivais, bem como dos caprichos do clima, disse um alto funcionário da Monsanto.


"Os acres de algodão vão cair", disse à Reuters David Rhylander, chefe de marketing para a subsidiária de algodão da Monsanto, a Deltapine, em entrevista na noite de terça-feira, no início da conferência anual de algodão Beltwide.

A Monsanto é uma das maiores companhias de sementes do mundo e é uma força dominante no mercado de algodão.

Rhylander disse que a estimativa é de uma semeadura de 12,5 milhões de acres de algodão nos EUA, ou 17,8 por cento menor ante os 14,72 milhões de acres plantados do ano anterior.

O executivo da Monsanto disse que a questão crítica é o que irá acontecer durante a primavera com o preço do algodão, comparado com o preço de competidores, especialmente soja, milho e trigo.

Na terça-feira, o contrato março do algodão fechou a 95,80 centavos por libra-peso.

"Esta é a relação de troca que você está vendo no lado econômico", disse Rhylander.

Alguns produtores e analistas acreditam que será difícil para o algodão competir por área caso a soja fique em 11,50 dólares por bushel ou mais, ou se o milho obtiver um preço de 6 dólares ou mais o bushel por acre.

Em 2011, os futuros do algodão tiveram forte aumento, atingindo recorde acima de 2,20 dólares por libra-peso em março.
No entanto, o mercado encerrou 2011 como a commodity de pior performance no ano, perdendo mais de um terço de seu valor ante os níveis de 2010, segundo dados da Thomson Reuters.

A maior parte dos analistas que acompanham o algodão disseram que seria necessário um preço de, pelo menos, 90 centavos de dólar para que os produtores ficassem com o algodão.

Rhylander disse que outra questão importante é o que acontece no Texas, maior estado produtor de algodão dos Estados Unidos, que no ano passado foi afetado pela pior seca em um século.

Essas são preocupações sobre Texas pois o fenômeno La Niña, que causou a seca, ainda está por perto, ainda que sua força esteja bastante reduzida. "Eles terão chuvas antes da primavera (no hemisfério norte)?", perguntou Rhylander.

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