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Moratória da soja não vai prejudicar Mato Grosso

A análise é do diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso

A moratória da soja não afetará os sojicultores de Mato Grosso. A análise é do diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso ao avaliar a assinatura de um novo acordo entre representantes Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), além do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do coordenador do Greenpeace, Paulo Adário. No documento as indústrias se comprometem a não comprar soja cultivada em área desmatada após julho de 2006.

O acordo foi assinado na terça-feira (28), prorrogando por mais um ano a moratória do setor. O primeiro evento ocorreu em 2006. O diretor da associação de produtores explica que o Estado não será prejudicado porque não há incidência de soja plantada no Bioma Amazônico e tampouco em áreas abertas recentemente, e que ao contrário, acordos deste tipo tendem a favorecer o produto estadual, já que cada vez mais pesquisas são divulgadas mostrando que a oleaginosa é cultivada em área do cerrado.

Para se ter uma noção disso, Duarte afirma que um levantamento feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostra que na safra 2007/2008 foram desmatados cerca de 50 mil hectares em Mato Grosso e que nas visitas in loco foi constatado que nada de soja havia sido plantada no local. Na safra seguinte (08/09) a área desmatada ampliou para 160 mil hectares, sendo que o cultivo de soja estava presente em 1,385 mil ha, o que representa 0,88% do total. "Desse modo percebemos que a incidência de soja no Bioma Amazônico é próximo de zero", diz ao acrescentar que a Aprosoja apoia ações que visam a preservação ambiental e redução do desmatamento, desde que não coloquem a cultura como vilã, como ocorreu anteriormente.

Duarte afirma ainda que a legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas do mundo e que em função disso e até mesmo das condições climáticas, o grão é cultivado em apenas 0,2% da Amazônia. "O problema de Mato Grosso é com relação à regularização fundiária e a logística. Temos conhecimento de que no Pará (onde está o Porto de Santarém) e em Rondônia, onde o caminho para escoar a produção seria encurtado em relação a Mato Grosso, havia produção de soja, porém como chove muito o plantio não é viável".

Fonte: A Gazeta

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