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Moscas produzirão ração e fertilizantes

Usamos estes insetos como uma ferramenta


Foto: Marcel Oliveira

A empresa EntoGreen anunciou que possui em curso um investimento de 10,7 milhões de euros para instalação de uma bioindústria, em Portugal, que vai usar moscas soldado-negro para transformação de desperdícios vegetais em proteína para alimentação animal e fertilizantes. De acordo com Daniel Murta, presidente executivo da Ingredient Odyssey, dona da marca EntoGreen,  o investimento já está em curso e vai criar 66 postos de trabalho e inclui uma unidade de investigação e desenvolvimento. 

Para realizar esse projeto, a bioindústria utilizará a mosca soldado-negro para converter, anualmente, 36.000 toneladas de subprodutos vegetais em 2.500 toneladas de proteína e 500 toneladas de óleo de inseto, para a alimentação animal, e 7.000 toneladas de fertilizante orgânico, para os solos. O especialista salientou que os insetos são uma “ferramenta” existente na natureza que “consegue transformar coisas que não têm valor e trazê-las de volta à vida”. 

“Basicamente, usamos estes insetos como uma ferramenta para utilizar subprodutos vegetais que não entram na cadeia de valor por causa das exigências dos consumidores e que têm toda a qualidade nutricional e de segurança alimentar assegurados”, diz. 

Além disso, o especialista afirma que  que o investimento que vai permitir criar uma unidade industrial “em larga escala” em Portugal resulta de uma história de “resiliência”, que recebeu um impulso determinante com o acolhimento, em 2014, da EntoGreen na Estação Zootécnica Nacional, polo do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) situado no Vale de Santarém, no âmbito do qual surgiu o contacto com o seu atual sócio, Rui Nunes. 

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