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Movimentação no Porto de Paranaguá cresce apesar da chuva

Mobilização no Porto de Santos faz os navios mudarem a rota

Nem a chuva nem o feriado prolongado impediram os portos paranaenses de movimentarem. A semana começou num ritmo acelerado. Além do aumento já registrado no volume de cargas exportadas, principalmente de grãos, outro fator veio somar. A mobilização dos estivadores no Porto de Santos, que já dura 15 dias, faz os navios mudarem a rota e operarem pelo Porto de Paranaguá.


Além do movimento de desvio dos navios de Santos, outro fator atípico tem sido a chuva nesse início de mês de junho. De acordo com o Simepar, em comparação com o mesmo mês em 2011, este ano já choveu o dobro. A estação de Antonina registrou, neste mês, um volume de 177,8 milímetros de chuva. Em 2011, no mesmo período foram 90 milímetros.

Segundo dados do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, toda essa chuva significou 12 dias, 22 horas e 45 minutos de paralisação na movimentação de grãos nos últimos 30 dias. Mesmo assim, até o dia 11 de junho, o corredor já movimentou quase 7,4 milhões de toneladas e o volume já é 13 % maior no comparativo com o mesmo período de 2011.

Desvios - Já são dois navios que desviaram suas rotas de Santos para o Porto de Paranaguá. Um deles é o Tokyo Car, que atracou na quarta-feira (13) para descarregar 39 máquinas e outras peças agrícolas, somando 388 toneladas, e 69 carros da marca BMW. A carga, que teria como destino o porto paulista, vem dos Estados Unidos.

“Já esperávamos esse reflexo da paralisação em Santos, mas não prevíamos que seria tão cedo. Na medida do possível, estamos recebendo esses navios e essas cargas, sem sacrificar as operações já previstas”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.


Agilidade - O primeiro navio a fazer contato com o Departamento de Operação da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) foi o Apollon Leader. Também trazendo carga dos Estados Unidos, a embarcação aguardava para atracar em Santos há dias. Com os estivadores em greve, a descarga não pode ser feita por lá. Na sexta-feira (8), eles procuraram o Porto de Paranaguá e no sábado (9) já descarregaram aqui. O navio trouxe mais de cem máquinas agrícolas, veículos e peças. Toda a carga que chegou em Paranaguá foi acomodada nos armazéns e em outras áreas disponíveis no cais público.

“Com os trabalhadores mobilizados no Porto de Santos, os navios têm que buscar alternativas para poderem descarregar e seguir viagem. São questões estratégicas que fazem a melhor opção ser o Porto de Paranaguá. A localização do nosso porto e a proximidade com São Paulo são algumas delas, além da nossa disposição em atender”, afirma Dividino.

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