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Movimento de contêiner em Rio Grande (RS) cresce 28% em 2002


O terminal privado de contêineres, administrado pela Tecon Rio Grande S/A, no complexo portuário de Rio Grande, fechou 2002 com a movimentação de 440 mil TEU's (contêineres de 20 pés) representando um incremento de 28% em relação a 2001. Com isso, desde o seu início de operação, em 1º de março de 1997, o terminal já movimentou um total de 1,5 milhão de TEU's, correspondendo a mais de 3.200 navios operados nesse período. Para 2003, a previsão é de um crescimento de 12% no volume de cargas movimentadas.

Segundo o diretor do Tecon, Paulo Bertinetti, esse desempenho é resultado do próprio crescimento da economia gaúcha, especialmente no que diz respeito ao aumento das exportações. Passam hoje pelo terminal, cuja implantação exigiu investimento, até agora, superiores a US$ 53 milhões, praticamente a totalidade das exportações gaúchas de calçados, fumo e produtos petroquímicos, entre outros.

O dirigente do Tecon observou também a importância do terminal como um dos principais geradores de tributos, empregos e renda para Rio Grande. Ano passado, o Tecon contribuiu com R$ 3 milhões em impostos municipais e R$ 8,5 milhões para o governo do Estado, através da Superintendência do Porto de Rio Grande (Suprg), a título de arrendamento.

A folha de pagamento atingiu a R$ 12,0 milhões em 2002, sendo também consumidos outros R$ 14,0 milhões na contratação de mão-de-obra avulsa (estivadores e conferentes), além de R$ 1,0 milhão pagos ao OGMO (Órgão Gestor de Mão-de-Obra). O Tecon é hoje o maior empregador do porto rio-grandino, mobilizando, em média, quase 400 trabalhadores vinculados e 150 por dia de avulsos (estivadores, conferentes, etc.).

Bertinetti não esconde, porém, sua preocupação com a crescente pressão de custos enfrentada pelo terminal. Um desses fatores diz respeito a cláusulas negociadas pelo Sindicato dos Operadores Portuários (Sindop) `que se constituem em verdadeiras aberrações, onerando indevidamente a contratação de mão-de-obra avulsa pelo Tecon, o que coloca em risco a sua competitividade em relação a outros portos brasileiros e do Mercosul. Exemplo disto é o pagamento de taxa (pedágio) por contêiner movimentado, a título de fundo social para o sindicato dos conferentes, que chega a R$ 400 mil por ano`.

Outro problema, que afeta não apenas o Tecon mas a economia brasileira de maneira geral, é o da alta do dólar. `A desvalorização do real teve forte impacto sobre o endividamento do terminal, oriundo do investimento feito na sua implantação e, igualmente, vem inflacionando os gastos com a sua manutenção, já que a maioria dos equipamentos é importada`. Em função disso, o diretor do Tecon já admite que, a persistir esta situação, o terminal terá que rever os atuais níveis de preços praticados nas suas operações.

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