MP sustenta que falta fiscalização à qualidade da erva-mate consumida no RS
Produto foi retirado do mercado por excesso de chumbo e cádmio
O Ministério Público (MP) pretende, em 30 dias, esclarecer se há algum tipo de contaminação na erva-mate consumida pelos gaúchos. No fim de maio, a imprensa uruguaia divulgou que foram retiradas do mercado 200 toneladas do produto importado de indústrias gaúchas em função do excesso de chumbo e cádmio. De acordo com o promotor Paulo Estevam Araújo já foi possível constatar que há falta de fiscalização no setor por parte do Estado.
Nos próximos dias serão coletadas amostras, que serão encaminhadas ao Laboratório Central do Estado para análise. Araújo esclareceu que a ideia não é criar pânico, mas sim esclarecer se há motivos para colocar em dúvida a qualidade do produto.
Na sexta-feira da semana passada, em Arvorezinha, o MP recebeu um representante da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Segundo Araújo, servidores do órgão admitiram que a fiscalização é eventual e que, apesar da decisão do país vizinho, não foram realizados testes no produto consumido no Estado. O caso ficou com Arvorezinha pelo fato de o município estar situado no Vale do Taquari, principal região produtora de erva-mate do Rio Grande do Sul.