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MS: Demarcações de terra viram pauta e Reinaldo defende mais segurança jurídica

MS conta com mais de 120 propriedades rurais invadidas por indígenas


MS conta com mais de 120 propriedades rurais invadidas por indígenas

Em Mato Grosso do Sul é praticamente impossível falar em agronegócio sem lembrar da demarcação de terras. Com mais de 120 propriedades rurais invadidas por indígenas, o tema virou pauta durante o seminário “Questões Controvertidas do Agronegócio”, realizado nesta manhã pela OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil).

O presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche disse que o objetivo do seminário de hoje é tratar sobre questões do agronegócio que ainda criam controvérsias e impactos no meio jurídico. "É muito importante discutir questões com o judiciário por que reflete na economia do Estado e do agro nacional. É preciso entender a visão dos ministros sobre o sistema, e para que a sociedade entenda como o poder judiciáriopensa".

Para dar apoio, dois ministros do STF (Superior Tribunal de Justiça) participam do evento, Paulo de Tarso e Ricardo Vilas Bôas. De acordo com Mansour, os principais temas do seminário são o Código Florestal, a tributação do setor outras questões que envolvem a cadeia produtiva do agro.

Governo

O governador Reinaldo Azambuja(PSDB) esteve presente e disse que existem três questões que ainda prejudicam o agronegócio do ponto de vista jurídico, a logística, o cumprimento do Código Florestal e as demarcações de terras indígenas.

"Agronegócio é o setor que mais alavancou empregos e negócios em momento de crise do país, inclusive segurando a economia e o PIB do Brasil. É importante ter um regramento para o agro, leis consolidadas", disse ao lembrar que o país tem uma legislação moderna (Código Florestal), que não perde para outros países, mas que "muitas vezes até o ministério do trabalho cria normatizar que vai contra a lei e atrapalha o trabalho".

Para o governador, as demarcações geram insegurança jurídica às propriedades e que dificultam muito o setor produtivo. "Ninguém quer tirar o direito dos índios, mas o direito de um não pode sobrepor o direito do outro. Já que o agro continua segurando a economia do país, não podem ter questões que atrapalhem o seu desenvolvimento".

Para comprovar que o agro é a mola propulsora do país, ele afirma que este ano o PIB do Estado vai ser positivo em 2%, que MS é o terceiro do país em geração de emprego e o quinto mais competitivo do país. Para ele, o pilar de tudo isso é o agronegócio.

Produtores

Presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Maurício Saito participou e disse que o produtor rural tem melhorado as tecnologias, gerando produtividade, mas que a questão fundiária ainda trás problemas.

Para ele, não há respeito com a propriedade privada. "Isso trás problemas para a confiança do país, em MS não está se respeitando a realidade das propriedades consolidadas, o que falta é segurança jurídica".

 

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