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MS deve importar cerca de 50 mil toneladas de soja boliviana

A soja começa a ser colhida na Bolívia entre 15 de outubro e 15 de novembro


Mato Grosso do Sul vai aguardar a colheita da safra de inverno da soja boliviana para importar o produto do país vizinho. A soja começa a ser colhida na Bolívia entre 15 de outubro e 15 de novembro e o volume deve chegar a 1,8 milhões de toneladas do grão. Com a divulgação das regras para importação, feita nessa terça (2) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a expectativa é que aproximadamente 50 mil toneladas devem ser adquiridas pelas indústrias do Estado.


O Estado importa a oleaginosa porque, diante da alta da soja no mercado interno e impulsionada pela demanda externa aquecida, o preço do grão pago aos países vizinhos é mais atrativos. “Foi uma resolução que demorou a sair. Estamos numa negociação há dois meses, quando declaramos que tínhamos interesse em 300 mil toneladas. Porém, a liberação da importação deve aquecer as negociações para os próximos anos”, analisa o consultor da Granos Corretora, Carlos Ronaldo Dávalos. Em função do pequeno volume das transações feitas esse ano, o consultor acredita que os preços não devem impactar nas indústrias beneficiadoras da soja no Estado.

Para os próximos anos, a entrada da Bolívia na importação do produto vai influenciar nos preços pagos pelas indústrias no Estado. “A soja é um dos principais insumos da ração na avicultura e suinocultura, atividades que estavam amargando custos elevados em função da alta do grão. Com preços menores, essas cadeias ganham competitividade, aumentam sua produção e, por conseqüência, a demanda de soja. Todos saem ganhando”, enfatiza o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS), Almir Dalpasquale.

A Instrução Normativa (IN) nº 21 publicada pelo Mapa aponta os requisitos fitossanitários para importação de grãos, com rigor para que a soja esteja livre de restos vegetais, impurezas e material de solo. A importação deverá contar com Certificado Fitossanitário (CF), emitido pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) do país exportador, e com a Declaração Adicional (DA) de “livre da praga Botrytis fabae". O produto também deve passar por Inspeção Fitossanitária feita por laboratórios da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários (Lanagro).


O engenheiro agrônomo e assessor técnico da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul), Lucas Galvan, explica que as regras adotadas pelo Mapa garantem a fitosanidade da produção sul-mato-grossense. “São medidas preventivas para evitar a contaminação da lavoura por pragas e doenças e garantir assim a qualidade da soja. É uma segurança para o produtor”, complementa Lucas.

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