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MS estima safra recorde de milho

A estimativa é de 5,5 milhões de toneladas do grão


A colheita do milho safrinha teve inicio essa semana em Mato Grosso do Sul e a estimativa é de 5,5 milhões de toneladas do grão, um aumento de 66,7% em relação à safra passada, que obteve 3,3 milhões de toneladas. O resultado é recorde e ultrapassa até mesmo a produção de soja no Estado, que foi de 4,6 milhões. Somando a safra de verão do milho, são 6 milhões de toneladas.


“É um resultado histórico. Tivemos condições climáticas favoráveis, mas, acima de tudo, o conhecimento disseminado aos produtores fez com que ele apostasse e investisse mais a cada ano”, aponta Lucas Galvan, assessor técnico da Federação de Agricultura e Pecuária de MS. A área plantada do milho hoje é de 1,17 milhão de hectares. A estimativa aponta ainda uma produtividade de 4,7 toneladas por hectare, o que representa aumento de 35,3% em relação à 2010/2011.

A grande oferta do milho tem preocupado os produtores. Dos 5,5 milhões de toneladas, o mercado interno consome 1,2 milhão e cerca de 1,8 milhão são destinadas para outros estados, o que gera um excedente de 2,5 milhões de toneladas para exportação. “Essa situação acaba baixando os preços. A saída é o mercado externo que tem demanda, os preços são mais atrativos – até R$ 3,00 a mais por saca - mas nosso produtor enfrenta alguns entraves”, comenta Lucas. O preço mínimo do milho por saca estabelecido pelo MAPA ao produtor hoje, no Estado, é de R$ 17,46, embora o grão esteja sendo comercializado abaixo desse valor em função da expressiva oferta.

Uma das saídas é a liberação, por parte do governo, da exigência de venda no mercado interno da mesma quantidade exportada. A venda no mercado interno incide na cobrança de ICMS. A medida foi adotada pelo governo para compensar as perdas com a Lei Kandir, que isenta o pagamento de ICMS sobre os produtos primários exportados. “Precisamos de maior flexibilidade”, aponta Lucas. Essa semana, Famasul, Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS) estiveram reunidos com a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) e Secretaria Estadual de Produção e Turismo (Seprotur) propondo a liberação de uma cota maior para exportação.


Outra alternativa para escoar a produção é ampliar a oferta do grão nos leilões da Conab. A Famasul, Aprosoja/MS e OCB/MS solicitaram o Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para o milho produzido no Estado, visando a exportação e abastecimento do mercado do Rio Grande do Sul, que, em virtude das perdas na safra, está com uma necessidade de 3 milhões de toneladas do grão para atender a demanda interna.

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