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MT: Área plantada de milho fica menor

Na prática, a superfície encolheu 8,3%


Semeadura do cereal chega ao fim e Imea revisa sua estimativa. Na prática, a superfície encolheu 8,3%

Depois de 11 semanas, a semeadura do milho da safra 2013/14 se encerrou em Mato Grosso, apresentando duas semanas de atraso em relação à safrinha 2012/13, finalizada antes da virada do mês. Além da demora e do plantio fora da janela ideal – que é o melhor momento agronômico para o desenvolvimento das lavouras – a segunda safra não confirmou a projeção de área plantada e apresenta um recuo espacial de cerca de 9% entre a expectativa e o realizado no Estado, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).


A projeção de uma produção menor – já apontada pelo Imea - deve sofrer nova baixa em decorrência da queda da área cultivada, bem como pelo fato de boa parte da lavoura estar mais vulnerável às condições climáticas, já que o plantio excedeu a janela, finalizada em 25 de fevereiro e o período de chuvas está perto do fim no Estado.

Na nova previsão apresentada pelo Instituto mostra que a área foi reestimada para 2,97 milhões de hectares (ha), recuando 8,3% em relação ao relatório anterior, que projetava a cobertura de 3,24 milhões/ha. Entre as estimativas, 730 mil hectares deixaram de ser semeados com o milho safrinha. Para a produtividade, foram realizadas reduções em todas as regiões do Estado. Assim, a média de Mato Grosso declinou para 85,4 sacas por hectare (sc/ha), apresentando queda de 2,5% em relação ao relatório de fevereiro e 16 sc/ha a menos que na safra 2012/13. Com a produtividade menor, a produção foi reduzida para 15,23 milhões de toneladas no Estado, cerca de 1,8 milhão de toneladas (t) a menos que a esperada no relatório anterior, queda de quase 11%.

“Após a conclusão dos trabalhos a campo pudemos observar um recuo na área do cereal em relação à última estimativa. Além disso, a grande área semeada fora do período ideal e previsões climáticas pouco favoráveis para a cultura induziram a uma nova estimativa para a cultura na safra 2013/14”, justificam os analistas do Imea.

O LADO BOM - Assim, com a previsão de uma oferta ainda menor – a projeção inicial já apontava para uma redução de 24,3% sobre as 22,53 milhões/t colhidas na safra 2012/13 - que as previstas anteriormente, o Imea acredita em um impacto positivo sobre as cotações do cereal em 2014, já que a super oferta do ano passado não se repetirá. “Todavia, outras variáveis do mercado, principalmente vindas do mercado externo, deverão ser também determinantes para a movimentação do mercado do milho, sobretudo, para o segundo semestre do ano”, ponderam os analistas.


CLIMA - As previsões meteorológicas da Somar Meteorologia para os próximos três meses não são muito animadoras para a safra 2013/14 do milho. Isso porque as chuvas que atrapalharam os trabalhos de semeadura podem fazer falta durante o desenvolvimento do cereal, sobretudo durante o final de abril e no mês de maio, período em que grande parte das lavouras estará em fase de pendoamento, necessitando assim de um volume de chuva maior para ganhos com a produtividade.

Segundo as previsões, em abril os volumes de chuvas ficarão abaixo da média dos últimos anos em todos os municípios analisados. E para o mês de maio, com exceção de Itaúba, Rondonópolis e Sinop, os demais municípios também estão com previsões de baixos volumes de precipitações, “o que preocupa os produtores e pode afetar a produtividade média do Estado, que nesta semana foi reduzida para 85,4 sc/ha pelo novo levantamento do Imea”.

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