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MT: Conab prevê queda de 3,5% na soja

Quinto levantamento divulgado ontem, reflete a movimentação no campo em janeiro e reduz perspectivas, mesmo com mais uma elevação à soja



Em seu quinto levantamento de acompanhamento da safra, divulgado na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortou projeções ao volume a ser colhido pelo Estado, que sai de 60,77 milhões de toneladas no documento de janeiro para atuais 59,83 milhões de toneladas (t). 

Se essa revisão de confirmar, o saldo desse ciclo se distancia do recorde obtido no ano passado, safra 2016/17, quando 61,98 milhões t foram colhidas. Na comparação anual haverá queda de 3,5%. E mesmo que haja perdas anuais na oferta, Mato Grosso se manterá como maior produtor nacional de grãos e fibra do País, pelo sétimo ano consecutivo. Dois dos maiores produtores nacional, Paraná e Rio Grande do Sul, têm projeção de queda de 10,2% e 7,8%, respectivamente. No Paraná a previsão é de 36,69 milhões t e para o Rio Grande do Sul, 32,74 milhões t. 

Depois de apontar queda de 1,3% sobre a previsão de soja no mês passado, a Conab ao reavaliar a situação das lavouras transformou a redução em alta e com essa nova estimativa, Mato Grosso pode superar a produção recorde do ciclo passado e somar mais de 30,63 milhões t ante o volume histórico de 30,51 milhões de 2016/17. 

Na região Centro-Oeste, principal região produtora do país, é esperado apresentar incremento no plantio de 2,8% em relação ao exercício anterior, impulsionado pelo desempenho em Mato Grosso, maior produtor nacional da oleaginosa. 

Como apontam os técnicos responsáveis pelo acompanhamento, em Mato Grosso, a colheita está em ritmo lento, atingindo pouco mais de 15% no fechamento de janeiro, ficando a maior parte dos trabalhos de campo para fevereiro. “A avaliação da qualidade da soja colhida, até o momento, é positiva, apesar da baixa umidade e menor peso do grão, nas variedades de ciclo precoce, principalmente na região médio norte. Contudo, nada que comprometa a produtividade média estadual esperada de 3.218 kg/ha, caso o clima continue favorável”. 

Em relação à área plantada, a pesquisa registrou aumento de 2,1%, saindo de 9,32 milhões de hectares na safra 2016/17, para 9,51 milhões na atual, principalmente, nas regiões de fronteira agrícola, através de novas áreas de abertura. Apesar do incremento, houve relatos, isolados, de desistência do cultivo da oleaginosa, substituída por algodão e outras culturas de primeira safra devido ao atraso das chuvas, o que explica a redução em relação ao levantamento anterior. 

“Durante as últimas semanas foram registrados poucos negócios de comercialização antecipada da oleaginosa no Estado devido aos baixos preços internacionais da soja, aliado à desvalorização do dólar no período, fato que tem desestimulado as vendas futuras por parte do produtor. Atualmente a comercialização da produção da safra 2017/18 se encontra na casa dos 40% da produção esperada, ante aos 50% no mesmo período da safra anterior”. 

BRASIL - A produção de grãos da safra 2017/18 pode chegar a 225,6 milhões de toneladas. Mesmo com um recuo de 5,1% em relação à safra passada, que foi a maior de toda a história (237,7 milhões de t), a safra deste ano deve ficar em segundo lugar, apresentando números significativos em relação à série histórica de grãos. 

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