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MT: DDG pode ajudar estruturação de matriz de etanol de milho

As discussões sobre a produção de etanol a partir do milho ganharam força diante do cenário de superoferta do grão


As discussões sobre a produção de etanol a partir do milho ganharam força em Mato Grosso diante do cenário de superoferta do grão. Espera-se que em junho de 2014, o estoque final não vendido no Estado seja de 4 milhões de toneladas e que o volume estocado para o mesmo período chegue a 6,3 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Para tornar a produção viável, outros subprodutos provenientes do grão são elencados como possíveis estruturadores da cadeia produtiva, entre eles estão o DDG, sigla em inglês para grãos secos por destilação, usado na alimentação animal, o óleo e o xarope de milho. Os subprodutos tornariam possível a formação de uma matriz mais complexa e menos vulnerável às oscilações de mercado e riscos de investimento.

Segundo o estudo de viabilidade do Imea, uma usina que utilizasse 500 toneladas de milho ao dia, poderia produzir 155 toneladas de DDG. “Nessa relação, o DDG não deveria ser considerado subproduto, mas sim um produto e merece atenção e foco na implantação das usinas”, afirma o superintendente do Imea, Otávio Celidonio.

O DDG pode chegar a 32% de conteúdo proteico, tem boa quantidade de fibras, e com os atuais preços baixos do grão, a alternativa se fortificaria. Segundo Ricardo Giannini, da Céleres Consultoria, um ótimo caminho para Mato Grosso seria criar uma matriz de transformação de proteína vegetal em proteína animal, por meio do uso do DDG na alimentação das cadeias de bovinos, suínos, aves e outros.

Outra observação importante, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Carlos Fávaro, para que a opção seja proveitosa para produtor e empresas, a comercialização deveria levar em conta o ponto de proteína dos grãos e, consequentemente, do DDG resultante.

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