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MT: lenta comercialização de milho reduz número de fretes em transportadora

Movimento em transportadoras diminui com lenta comercialização de milho



Em Mato Grosso, a safra de milho rendeu quase 18 milhões de toneladas, segundo estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O momento deveria ser de movimento nas transportadoras, mas a lenta comercialização do grão fez a procura por frete cair.

Em uma empresa de Sinop, região Norte, a redução pela demanda do frete foi de 50%, se comparada à safra anterior. “Ano passado nesse período tínhamos um volume de frete bem maior e inclusive para várias praças. Você mandava daqui para Paraná, São Paulo. Hoje não está dando negociação para essas regiões. Então isso afeta diretamente o volume nosso aqui”, conta o gerente da transportadora, João Zuchini.

O frete está entre R$ 3,40 a R$ 3,50 por quilômetro rodado, dependendo do destino final.

Há pelo menos 60 dias o produtor Jaime Farinon terminou a colheita dos 500 hectares de lavoura plantados em Sinop. A produtividade média foi de 55 sacas por hectare. No entanto, nada foi comercializado ainda e ele está guardando o produto no armazém de sua propriedade.

“Nós estamos tentando. Creio que com esperança reaja um pouco mais. Quem sabe pra frente vender por R$ 14, R$ 15 reais a saca para compensar”, projeta.

Enquanto o agricultor espera por um bom negócio para vendar a produção de milho, o motorista também aguarda parado por uma melhoria no preço do frete. “O produtor segura o produto. Com isso cai demais a demanda de frete e aumenta muito o fluxo de caminhão parado e aí o valor vai lá embaixo e ficamos presos no pouco frete”, reclama o motorista de caminhão, Luiz Carlos de Paula.

Atualmente, o preço médio da saca de milho é de R$ 10,70 na região. Com a rentabilidade comprometida, Farinon não deve ampliar o investimento na cultura do próximo ano. “Fazer o plantio do milho só cobertura de área, usar variedades, usar milho de baixa tecnologia, fazer ele como se fosse palhada para fazer plantio direto e esperar que a soja compense na agricultura”, planeja o produtor.

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