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MT: pode faltar boi para o abate

Em 2015 o estado teve que suspender as atividades em frigoríficos por não ter animais


Foto: Marcel Oliveira

O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo) teme que o estado não tenha gado suficiente para o abate no ano que vem. O motivo seria a exportação de animais vivos para serem abatidos em outros estados e países. Caso essa situação se consolidar os prejuízos podem ser sentidos em vários segmentos. O setor frigorífico mato-grossense emprega 24 mil pessoas.

Em 2015 o estado teve que suspender as atividades em frigoríficos por não ter animais. A situação pode se repetir. “A evasão da matéria-prima com a saída de mais de 93 mil animais em único mês representa o abate de 9 indústrias de porte médio”, ressaltou o presidente da entidade, Paulo Bellicanta.

Segundo ele a falta de matéria-prima já está sendo observada na formação de escalas de abate e a tendência é de que se agrave muito mais no próximo ano, quando faltarão os animais jovens. Outro fator é que o custo de produção, considerando impostos e logística, em outros estados podem ser até 10% menor. Mato Grosso também está mais distante dos portos. O mais próximo fica há 2 mil quilômetros. 

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária apontou na última segunda-feira (5) que alguns frigoríficos já estão com dificuldades para encontrar animais para abate e começam a decretar férias coletivas. As projeções são que para os próximos meses a disponibilidade de animais segue restrita. O boi gordo apresentou nova alta, desta vez de 2,03% no comparativo semanal, e ficou na média de R$ 235,62 a arroba. 
 

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