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MT aumenta volume, mas fatura 4% menos

Soja em grão segue como carro-chefe em volume físico e em cifras e a China o maior parceiro


Mato Grosso vendeu mais e faturou menos. Assim pode se resumir o desempenho das exportações estaduais em 2016, ano em que o Estado movimentou no comércio exterior volume recorde de mais de 36 milhões de toneladas e ainda assim, em razão da taxa de câmbio – desvalorizada em relação ao real – o faturamento acabou ficando -3,69% abaixo do que foi o exercício 2015. Conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Mato Grosso faturou no ano passado US$ 12,58 bilhões contra US$ 13,07 bilhões nos doze meses de 2015. Em volume físico embarcado, foram 35,61 milhões de toneladas, para atuais 36,07 milhões. 

O saldo da balança comercial também teve leve redução. Em 2016, Mato Grosso encerra o exercício com US$ 11,40 bilhões ante US$ 11,73 bilhões em 2015. Novamente, Minas Gerais e Mato Grosso junto, respondem por mais de 50% do saldo da Balança brasileira que no ano passado fechou em US$ US$ 47,7 bilhões. O saldo da Balança é o resultado das exportações menos as importações. 

Dezembro teve um dos piores desempenhos para o mês dentro da série estadual do MDIC ao faturar US$ 510,77 milhões, quase 46% menos que os US$ 1,12 bilhão registrado em igual mês de 2015. A soja em grão foi, novamente, a commodity de maior valor da pauta estadual. Foi a responsável pela maior fatia dos US$ 12,58 bilhões, participando sozinha com US$ 5,60 bilhões (44,53%) e 15,22 milhões de toneladas. No entanto em relação ao ano passado, a soja, assim como as demais commodities, exibe perdas financeiras, com saldo em dólar anual 0,55% menor. 

A segunda commodity com grande movimentação em negócios e em volume foi o milho. Responsável por 19,10% do faturamento global da pauta de 2016, o cereal faturou US$ 2,40 bilhões ao embarcar 14,31 milhões de toneladas, mas o resultado ficou -3,94% abaixo do contabilizado em 2015. 

Entre as principais commodities de 2016, o algodão foi o grande destaque, ampliou cifras e volume físico e com isso a participação no total da pauta mato-grossense, passando de 5,87% no exercício 2015 para 6,61% em 2016. Conforme o MDIC, o segmento faturou US$ 832,03 milhões ante US$ 486,72 milhões, ganhou anual de 8,36%. 

Importante na pauta estadual, as carnes bovinas, fecharam o ano com saldo negativo, a receita foi a que mais encolheu entre as principais commodities, mais de 21%. A participação no total faturado pelo Estado passou de 6,94% em 2015 para 5,66%, encerrando o ano com US$ 712,04 milhões. Em 2015 haviam sido US$ 907,42 milhões. 

Em relação aos principais parceiros comerciais, a China segue como o maior, responsável por quase 30% de tudo que o Estado vendeu ao longo de 2016. Ou seja, dos mais de US$ 12,58 bilhões faturados, US$ 3,76 bilhões foram negociados com os chineses, que em grande maioria compraram soja em grão do Estado. Além da China, Mato Grosso teve como importantes parceiros, pela ordem: Irã, Países Baixos (Holanda), Indonésia e Tailândia. 

Importações – As compras realizadas pelo Estado somaram ao longo de 2016, US$ 1,18 bilhão, cifras 10,96% abaixo dos US$ 1,33 bilhão registrados em 2015. A redução se deve ao freio na compra de produtos como o gás natural, que caiu em mais de 92% e sobre a aquisição de insumos para a agricultura como cloreto de potássio (-13,81%) e a importação de máquinas agrícolas (-30%). 
 

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