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MT tem 20% da capacidade de armazenagem

Estado contava no 2º semestre do ano passado com 1.062 estabelecimentos de estocagem


Estado contava no 2º semestre do ano passado com 1.062 estabelecimentos de estocagem
Mato Grosso possui 20% da capacidade útil de armazenamento de grãos do Brasil, somando 32,049 milhões de toneladas, considerando todas as redes armazenadoras de produtos agrícolas. No país, esse volume é de 157,3 milhões de toneladas. O dado, que refere-se ao segundo semestre de 2011, faz parte da pesquisa de estoques publicada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Em Mato Grosso existem cerca de 1.062 estabelecimentos para estocagem de grãos, destes 95% pertencem a iniciativa privada (1.016), enquanto 2% são cooperativas (30). Os maiores estoques registrados em 31 de dezembro de 2011 foram os de algodão em pluma (80.003 t), milho em grão (896.372 t) e soja em grão (457.636 t). A realidade não é diferente quando o item é capacidade de armazenamento do Estado. Segundo pesquisa, no 2º semestre de Estado contava no 2º semestre do ano passado com 1.062 estabelecimentos de estocagem 2011, 94% do potencial está nas mãos da iniciativa privada (exceto cooperativas), atingindo 30,3 milhões t.
 
De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Nelson Piccoli, a maior capacidade de armazenamento está nas mãos dos produtores. “Os próprios produtores são quem estoca a sua produção. Em função disso, o próprio governo tem investido muito pouco em estoques para o armazenamento de grãos”, explica. No Estado apenas 11 dos 1.016 estabelecimentos de armazenamento pertencem ao governo, que somam uma capacidade útil de 630,191 mil toneladas.

Cenário

Até o 2º semestre do ano passado, o Estado contava com cerca de 64 municípios com estoque de milho somados em 896,370 toneladas, enquanto apenas 47 municípios detinham o estoque de soja, alcançando 457.636 t. Segundo Piccoli, esse cenário é em função da concentração da produção da oleoginosa no Estado em algumas regiões. Entre os maiores estoques registrados em 31 de dezembro de 2011 no país está o milho em grão (5.336.253 t), e a soja em grão (4.912.187 t). Na mesma época, o milho e a soja estocados no Estado representavam 17% e 9% respectivamente do volume nacional.
 
No intervalo de julho a dezembro de 2011, conforme o IBGE, a quantidade de milho em grão armazenada registrou queda de 52%, chegando a 896.372 t. No igual período do ano passado, o estoque era de 1.885 t. Já na soja a retração foi de 40%, 457.636 t no fim de 2011, contra 771.887 t no segundo semestre de 2010.

O destaque ficou por conta do algodão, que contabilizou alta de 102% no volume estocado, entre o fim de 2010 até o último mês de 2011, alcançando 80.003 mil toneladas. Em 2010 eram apenas 39.602 mil toneladas.

Panorama

O diretor da Famato acredita que para o fim deste ano o estoque de milho no Estado seja ainda maior em função da supersafra esperada pelo setor. Em contrapartida, os estoques de soja devem ficar abaixo do volume registrado no ano passado. O bom momento que o grão viveu nesses primeiros meses do ano fez com que a maioria dos produtores aproveitassem o cenário e comercializassem o produto. “Uma vez que a região norte do Estado, por exemplo, já não tem quase nada mais em estoque, provavelmente o volume deste ano no Estado será bem menor”, conclui Piccoli.

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