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MT vai produzir carne suína adaptada ao Protocolo de Kyoto


Mato Grosso passará a produzir carne suína de acordo com normas internacionais de respeito ao meio ambiente a partir do aproveitamento dos efluentes das granjas como combustível para motores, a fim de produzir energia.

A medida em estudo pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder) pretende eliminar o lançamento na atmosfera de gases poluentes, resultado da decomposição do chorume, subproduto da atividade. A idéia do Governo é fazer o seqüestro do carbono pela queima e captura dos compostos químicos por meio de um mecanismo industrial simples em sistema fechado.

O projeto contempla a adaptação da atividade econômica ao Protocolo de Kyoto, tratado que passa a valer a partir desta quarta-feira (16.02), na capital imperial japonesa, e que estabelece aos países industrializados a redução de 5,2% da emissão de gases até 2012. A base para medir a diminuição é o ano de 1990. Um dos objetivos do tratado é reduzir o impacto da industrialização e da queima de combustíveis fósseis – efeito estufa –, como o petróleo e o carvão, no aquecimento global do planeta.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Otaviano Pivetta, diz que a decisão política do governo é dar condição segura ao produto do agronegócio mato-grossense. Segundo Pivetta, a visão do governo Blairo Maggi é de que a produção de proteína animal local – carnes bovina, suína, ovina e de aves – deve ter "sanidade, qualidade e sintonia com o meio ambiente".

Ele adianta que o Governo prepara um simpósio nas próximas semanas para debater e definir a formação de uma bolsa de comercialização do carbono. "A legislação que estamos preparando para a produção pecuária vai ter essa característica, respeitando o meio ambiente, fazendo o seqüestro do carbono", informa. A produção, avisa, vai permitir a organização de pequenas, médias e grandes propriedades para transformar Mato Grosso em poucas décadas como o maior pólo de proteína animal do mundo.

O secretário de Desenvolvimento Rural rebate críticas de setores que enxergam no agronegócio apenas problemas ambientais. Pivetta lembrou que o principal empreendimento da economia de Mato Grosso é o gerador de benefícios sociais para a população e que alguns falsos representantes de países desenvolvidos precisam deixar Mato Grosso e o Brasil se desenvolverem.

"Querem impedir nosso desenvolvimento. Então venham a União Européia, os Estados Unidos pagar imposto ecológico para podermos trabalhar e dar educação e acesso à saúde aos nossos filhos", comparou. "Tragam sua riqueza gerada em 100 anos".

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