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Mudança na colheita eleva demanda por secadores

A estrutura garante a qualidade e pode evitar que agilidade vire sinônimo de mais impurezas


A aceleração da produção brasileira de grãos – conquistada pelo uso de tecnologia e variedades precoces – provoca mudança de comportamento no campo. Com a colheita cada vez mais concentrada, cooperativas e produtores investiram, nos últimos cinco anos, com maior vigor em equipamentos de limpeza e secadores. A estrutura garante a qualidade e pode evitar que agilidade vire sinônimo de mais impurezas.

No caso da soja, o período de colheita no Estado caiu de 60 para 45 dias nas últimas duas décadas. "Hoje o plantio é praticamente em um ciclo", explica Cláudio José de Leon, instrutor da Emater. Com isso, equipamentos capazes de limpar 40 toneladas de grãos por hora foram substituídos por modelos com, pelo menos, o dobro de capacidade. Entraram máquinas que secam até 120 toneladas por hora. "Na década passada, a produtividade da soja era de 35 sacas por hectares. Hoje, se o agricultor colher 50 sacas, não está satisfeito", diz o gerente operacional da área de armazenagem de grãos da Cotrijal, em Não-Me-Toque, Claudemir Von Frühauf. Por isso, a cooperativa poderá reavaliar os investimentos em curto prazo.

Tendência que chegou de vez ao mercado, a demanda pelos equipamentos tem exigido preparo das empresas para atender com rapidez os pedidos, diz o diretor comercial da Kepler Weber, Wilfried Toth. "Nossos prazos caíram de 72 para 60 dias."

O pico de vendas vai de junho a outubro, quando o produtor começa a se preparar para a próxima safra. De acordo com Francieli Diana, do Departamento de Marketing da GSI Brasil, com o crescimento da demanda, secadores de grãos e máquinas de limpeza representam 35% das vendas da empresa.

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