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Mundo está atento à safra sul-americana de soja


Juntos, Brasil e Argentina serão responsáveis por cerca de 43% da oferta mundial da oleaginosa em 2002/03.

Nesta safra, mais que em nenhuma outra, o mercado internacional está com suas atenções inteiramente voltadas para o que acontece com as lavouras de soja sul-americanas. Os preços externos, que em anos anteriores permaneciam atrelados apenas ao quadro de abastecimento dos EUA, maior produtor mundial do grão, hoje reagem com mesma intensidade aos números de oferta e demanda de Brasil e Argentina, respectivamente segundo e terceiro no ranking de produção da oleaginosa.

Isto ocorre pois em 2002/03 a produção dos países da América do Sul irá superar pela primeira vez na história a produção do Hemisfério Norte. Isto significa dizer que o abastecimento mundial de soja passa a depender muito mais da oferta – ou da falta da mesma – de brasileiros e argentinos.

Dentro do quadro de oferta e demanda mundial, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima a safra da Argentina em 33,5 milhões de toneladas, e a do Brasil, em 49 milhões de toneladas. Juntos, os dois países produzirão 82,5 milhões de toneladas, 43% da oferta mundial de soja, estimada em 191 milhões de toneladas. E o mais importante é que o consumo mundial é projetado em 192 milhões de toneladas.

Assim fica fácil entender porque a preocupação com a safra sul-americana. Os estoques finais de soja no planeta, estimados em 30,7 milhões de toneladas, representam uma queda de 4,7% frente a 2001/02. Assim, se houver quebra abaixo do Equador, o mundo terá menos soja, e irá pagar mais caro por ela.

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