CI

Na contramão da crise econômica, mercado de flores brasileiro segue promissor

Operadora logística Panalpina Brasil tem incremento no volume de cargas operado no segmento


Apenas no primeiro semestre de 2016, segmento superou previsões de alta no faturamento do ano inteiro, que eram de 6% a 8%;
Operadora logística Panalpina Brasil tem incremento no volume de cargas operado no segmento;

Mesmo com a atual desaceleração econômica que o país enfrenta, o mercado nacional de flores supera expectativas e registra crescimento constante. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR), o segmento superou as previsões de alta no faturamento para o ano inteiro, estimadas entre 6% e 8%, objetivo alcançado já no primeiro semestre de 2016. Segundo a entidade, em 2015 o faturamento do setor atingiu a marca de R$ 6 bilhões, enquanto em 2014 foi de R$ 5,7 bilhões.

Outra associação do setor, a Associação Brasileira do Agronegócio de Flor e Plantas (ABAFEP), atesta o bom momento do mercado. Segundo os números da entidade, este mercado tem apresentado crescimento de vendas de 12% a 15% por ano.

Uma das empresas que acreditam no potencial desse segmento é a operadora logística Panalpina Brasil, responsável pela importação de dois dos maiores países floricultores do mundo, Colômbia e Equador (ficam atrás apenas da Holanda). “Atualmente a Colômbia é o segundo maior exportador de flores do mundo; apenas em 2015 foram mais de 220 mil toneladas de flores comercializadas, como a gipsofila. O Equador, por sua vez, é o maior produtor global de rosas. De lá saem as rosas vermelhas, a astromélia e os cravos”, diz o gerente de desenvolvimento de rotas para a América Latina da Panalpina Brasil, Fabian Lavaselli.

Toneladas de flores -- Delicado, mas pujante, este mercado tem demanda constante e extremamente capilarizada. De acordo com Elias Costa, gerente da Tem Flores, cliente da Panalpina Brasil, em média 20 toneladas de flores são distribuídas pelo país todas as semanas. “Trabalhamos com a Panalpina há cerca de 60 dias e, apesar de a parceria estar no início, já registramos ótimos resultados. Nesse período, por exemplo, transportamos cerca de 2.500 quilos de flores para diversas regiões do país”, ressalta.

A mesma coisa aconteceu com a Zeker, que também tem parceria de distribuição com a Panalpina desde o primeiro semestre de 2016. Segundo o proprietário da empresa, Alex Godoy, o acordo com a operadora logística foi firmado visando a melhora nos resultados operacionais. “Sofríamos com alguns gargalos logísticos em nossas operações e desde que firmamos parceria com a Panalpina nossos resultados melhoraram significativamente, estamos muito satisfeitos”.

O executivo da Panalpina, Lavaselli, explica como funciona a operação logística para esse tipo de produto. “Temos uma boa estrutura multimodal para executar esse tipo de operação em ambos os países, com uma equipe que atua 24 horas, que é responsável pela coleta e embarque das flores rumo ao Brasil no mesmo dia. Para conservá-las até o momento exato do embarque, as flores são transportados em caminhões refrigerados, com temperaturas entre 2º e 5º”.

Ao chegar ao país, via Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (SP), as flores seguem novamente via modal rodoviário até a cidade de Holambra, no interior de São Paulo, tradicional polo floricultor nacional. Em média, o lead time da carga não ultrapassa três dias.

Quem detalha um pouco mais desse processo é o gerente de frete aéreo da Panalpina em Campinas, Caio Pimenta. “Trabalhamos com dois embarques semanais, em média, em que cada um consiste no transporte aéreo de 150 fullboxes, que é uma caixa especial para acondicionar as flores e mantê-las na condição necessária, totalizando cerca de três toneladas de carga por embarque. Naturalmente, em datas comemorativas esse número aumenta muito. No dia dos namorados, por exemplo, chega a ser dez vezes maior. No dia das mães, cinco vezes maior”, acrescenta.

A Panalpina é responsável por toda a operação, de ponta a ponta, com controle total dos modais envolvidos, nos casos, o rodoviário e o aéreo. Além do frete internacional, fretes internos, paletização, raio x, serviços de armazenagem em câmara fria, desembaraço aduaneiro, emissão de certificados sanitários e de origem, também estão entre os diferenciais. “São atividades como essas que exigem um alinhamento preciso entre todos os participantes da cadeia e que fazem com que tenhamos 0% de perdas nas operações”, conclui Pimenta.

Mundo -- Além do Brasil, o Grupo Panalpina também atua com o segmento floricultor em outros países, como o Quênia. Com as operações centralizadas na capital do país, Nairóbi, a companhia transporta cerca de 1,5 tonelada de flores por semana, tendo como destino o continente europeu e chegando a países como a França.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.