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Não plantar refúgio prejudica tecnologia Bt e afeta produtividade

Alerta é da ABRASEM



“Plantar refúgio estruturado não é apenas importante, é essencial para a produção de milho do Brasil.” A afirmação é do agricultor Narciso Barison Neto, presidente da entidade Associação dos Produtores de Mudas e Sementes (ABRASEM).
  
A entidade sustenta que o produtor de milho precisa plantar áreas de refúgio para garantir que a tecnologia de resistência a insetos (Bt) se mantenha eficiente por mais tempo. “Manter a vida útil da tecnologia significa que o produtor continuará a ter ganhos de produtividade e de renda em sua lavoura por mais anos”, explica Barison Neto.


A consultoria Céleres aponta que mais de 80% da área com lavouras de milho no Brasil na última safra foi cultivada com sementes transgênicas resistentes a insetos. “Isso indica que o produtor sabe que a tecnologia é eficaz, ou ela não estaria sendo utilizada. Mas é preciso que o agricultor entenda que ele tem de fazer a lição de casa. É preciso seguir os protocolos que a própria tecnologia exige”, enfatiza o dirigente.
  
A tecnologia de resistência a insetos foi desenvolvida considerando as características biológicas das pragas alvo, como a lagarta do cartucho. Por isso a importância do refúgio com áreas não-Bt (convencional ou tolerante a herbicida), respeitando a proporção e as distâncias recomendadas para evitar a proliferação de insetos resistentes. 


A Abrasem recomenda ainda que, além do refúgio estruturado, o produtor também siga as orientações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para as chamadas áreas de coexistência – visando à proteção das lavouras convencionais vizinhas à área cultivada com o milho transgênico. “Ninguém faz nada sozinho. Os ganhos e prejuízos são de todos. Mas é preciso a conscientização de todos. Do contrário, o risco de perda das tecnologias é muito grande”, ressalta Barison Neto.

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