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Necessidade de novos defensivos para combater a ferrugem asiática

Defensivos contra a ferrugem asiática não são mais tão efetivos quanto no passado


Da Agência Brasil - Para a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA,) o produtor rural não está encontrando produtos que sejam capazes de combater a ferrugem asiática. "Precisamos de produtos mais eficientes, pois os que estão disponíveis não vêm funcionando bem". Conforme a CNA, é preciso "resolver alguns problemas de burocracia na Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária".

O coordenador-geral de agrotóxicos e afins do Mapa, Luís Rangel, argumentou que a ferrugem asiática é um assunto que exige atenção, mas que não inviabilizará a próxima colheita. "A safra não será perdida", declarou Rangel. O técnico do Mapa disse que o governo trabalha sob cuidado constante em relação aos problemas que afetam as lavouras, levando em consideração as características próprias da agricultura tropical brasileira.

O representante do Mapa admitiu, entretanto, que os defensivos contra a ferrugem asiática não são mais tão efetivos quanto no passado. "É claro que são eficientes, mas não tanto quanto há dez anos", afirmou. Para Rangel, é necessário praticar com maior rigidez os períodos de "vazio sanitário", de forma a garantir a erradicação da doença. A proposta do Mapa é justamente reforçar essa política, que é manter as lavouras durante um determinado período - em média, 90 dias - sem o cultivo da soja, de forma a evitar a disseminação do fungo.

O presidente da Câmara Temática e diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Cristiano Walter Simon, disse que o recrudescimento da ferrugem asiática foi causado tanto por problemas com defensivos defasados como pelo descumprimento do período em que as lavouras deveriam ficar "limpas" para evitar a disseminação do problema. "Por isso, decidiu-se pelo reforço na campanha de realização do vazio sanitário", disse Simon. Ainda assim, o presidente da Câmara afirmou que não há como ignorar o aumento da resistência da ferrugem. "Precisamos de novos produtos para substituir ou complementar os defensivos que já existem", disse.

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