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Nestlé anuncia aporte de R$350 milhões em leites e chocolates

A Nestlé anunciou ontem novos investimentos de R$ 350 milhões a fim de aumentar a capacidade produtiva da companhia


A Nestlé anunciou ontem novos investimentos de R$ 350 milhões a fim de aumentar a capacidade produtiva da companhia. Ontem, em Araraquara, o presidente da empresa, Ivan Zurita, informou que R$ 120 milhões serão aplicados na nova unidade de fabricação de leites líquidos (UHT) na cidade paulista, onde a Nestlé já possui fábrica de leite condensado e Moça Fiesta. Os outros R$ 230 milhões serão investidos em novas linhas de produção da Garoto, cujo montante será detalhado sexta-feira, em Vila Velha (ES), onde está situada a sede da fabricante de chocolates. Todos os recursos sairão do próprio caixa da Nestlé que não precisará recorrer ao sistema financeiro para captar o montante.

Zurita informou que no primeiro semestre o faturamento real da companhia cresceu 7,2% na comparação com igual período do ano passado. Paralelamente, as vendas reais cresceram 5,8%, no mesmo período.

A primeira fábrica da Nestlé de leites líquidos premium, inicialmente das marcas Ninho e Molico, renderá um faturamento de R$ 250 milhões mensais, o equivalente a R$ 3 bilhões anuais, estimou o presidente da Nestlé. Prevista para ser inaugurada em novembro, a unidade de Araraquara produzirá, inicialmente, 100 milhões de litros de leite por ano, produção que deverá crescer para 150 milhões mediante a produção de leite líquido da marca Sollys.

A empresa renderá aos cofres do Estado R$ 18 milhões anuais pela arrecadação do ICMS. A expectativa é que a produção de leites líquidos gere mais de 1,6 mil de empregos diretos e indiretos na região. O leite UHT da Nestlé, a ser produzido em Araraquara, será direcionado ao mercado interno, diferentemente dos demais produtos, como o leite condensado, produzidos na unidade existente na cidade, voltados ao mercado externo, explicou Zurita.

O presidente da Nestlé não quis informar se a revelação dos investimentos é uma demonstração de que a crise mundial já foi superada. "Não adotamos a crise frente à turbulência econômica; preferimos enfrentar a crise", respondeu. Ele lembrou que 92% da produção da empresa é destinada ao mercado interno, que sentiu menos o efeito da turbulência financeira mundial, agravada a partir de setembro de 2008.

Hoje a empresa possui 28 fábricas distribuídas pelo Brasil. No primeiro semestre a empresa havia investido R$ 100 milhões no arrendamento da Parmalat de Carazinho (RS). O executivo não descartou novos investimentos em aquisições no segundo semestre. Mas preferiu não adiantar os fatos.

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