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Nordeste e norte "seguram" plantio

Regiões ainda correm para fechar essa primeira etapa da produção deste ciclo. Atraso atual está acima do registrado em igual momento do ano passado


O plantio da safra 2017/18 de soja, em Mato Grosso, abriu o mês de dezembro contabilizando a 11ª semana de trabalhos no campo. A semeadura nas regiões nordeste e norte está na reta final, mas ainda não concluída, o que ainda ‘segura’ a finalização desta etapa do ciclo. A semana abriu com 98,84% da área estimada em 9,42 milhões de hectares semeada. No mesmo momento do ano passado, o índice estava ligeiramente menor, 99,30%. 

Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), dos mais de 1,59 milhão de hectares estimados na região nordeste, 93,26% estão cobertos. Em igual momento do ano passado, a cobertura atingia 96,40%. Apesar do atraso na comparação anual, o ritmo do plantio foi acelerado entre a semana passada e a anterior, registrando evolução de 14,54 pontos percentuais (p.p), ganho que foi possível com a fixação da chuva por todo o Estado nas últimas semanas. 

Na região norte o atraso no ritmo da semeadura é menor quando da comparação anual. Dezembro iniciou com 99,57% da área estimada, em 306 mil hectares, semeados. No mesmo momento de 2016, 99,80% do total projetado estavam plantados. 

No ano passado essa etapa da produção, o plantio, contabilizou 13 semanas de trabalhos e em 2015 foram 12 semanas. 

De acordo com dados do Imea, desde última semana de novembro a semeadura de soja estava finalizada em quatro das sete regiões produtoras, de acordo com a divisão feita pelo próprio Instituto, como no centro sul, médio norte, noroeste e oeste. 

A produção aguardada para a temporada 2017/18 é de 30,60 milhões de toneladas, registrando um leve aumento de 20,8 mil toneladas em relação à estimativa feita pelo Imea em outubro e firmando-se com previsão de recuo de 2,14% ou 670 mil toneladas ante a safra 2016/17. 

REPLANTIO – Conforme o DIÁRIO já tinha antecipado na edição do último dia 28, 94,75 mil hectares, ou 1% da área total estimada para esta safra no Estado, tiveram de ser ressemeadas. 

A instabilidade climática no início da safra, e que se perdurou até outubro, deixou muitos agricultores apreensivos. A falta de chuvas regulares inibiu o começo da semeadura e, entre os que arriscaram, houve replantio, como indicam dados levantados pelo Imea. O impacto climático se deu principalmente nas áreas que foram semeadas logo após o fim do vazio sanitário, ainda na segunda quinzena de setembro. 

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, o dado fornecido pelo Instituto está dentro do aceitável. “Apesar da cautela dos produtores no início da semeadura, tivemos muita instabilidade e atraso em todas as regiões. Agora é aguardar as condições climáticas para os próximos meses para definir a safra”. 

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