As expectativas dos especialistas se concretizaram e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu primeiro relatório de intenções de plantio para a próxima safra de grãos americana (2005/06), estimou queda de área e produção de soja naquela país.
Analistas ressalvam que se trata de uma previsão preliminar, e para muitos as retrações deverão ser maiores que as inicialmente projetadas; ainda assim, os números colaboraram para a valorização das cotações do grão na bolsa de Chicago, que nas últimas semanas começaram a ensaiar uma recuperação após meses em baixo patamar.
Conforme o USDA, os EUA deverão semear 29,54 milhões de hectares com soja na próxima temporada, 890 mil a menos que em 2004/05, quando houve recorde de área e produção no país.
Em comunicado, Fernando Muraro, da Agência Rural - que compareceu ao Agriculture Outlook Forum do departamento, em Washington - destacou que a maior parte do encolhimento ocorrerá no Sul, devido ao fungo da ferrugem asiática nas lavouras de oito Estados.
A produção, por sua vez, foi projetada em 78,1 milhões de toneladas, ante 85,5 milhões em 2004/05.
Os contratos para maio subiram 30,50 centavos de dólar por bushel e fecharam a US$ 6,0450. É a maior variação positiva desde junho de 2004 e a cotação mais elevada desde setembro.