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Nova ferramenta paralisa praga bacteriana no arroz

Surto de doença comum na Ásia pode ser interrompido


Uma ferramenta revolucionária chamada PathoTracer foi desenvolvida pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz e poderá identificar a cepa exata da bactéria que causa a principal praga bacteriana no campo (Xanthomonas oryzae pv. oryzae) em questão de dias - e não mais em meses de trabalho em laboratório. A praga é uma das mais comuns na Ásia.

“É como um teste de paternidade através do perfil do DNA”, diz Ricardo Oliva, um patologista de plantas do Instituto. “Não apenas dirá qual é a praga bacteriana na sua planta: dirá ainda a cepa particular do patógeno. Então podemos recomendar as variedades resistentes a isso”.

Por mais de quatro anos, o Dr. Oliva e sua equipe trabalharam em como decifrar o código genético da Xanthimonas oryzae pv. Oryzae, o patógeno que causa a praga bacteriana, para desenvolver o teste. Por mais precoce que seja a doença, maior são as perdas, que poderia ser de até 70% das variedades vulneráveis.

“A praga bacteriana é uma doença persistente em campo de arroz”, disse o Dr. Oliva. “A epidemia cresce toda temporada quando as variedades são plantadas. O problema é que as cepas bacterianas variam de um lugar para outro e os produtores não sabem quais são as variedades resistentes para aquela região. Nós sempre estivemos atrás porque os patógenos sempre se moveram e evoluíram mais rápido”.

Identificando as estirpes da praga bacteriana presente no campo requer muito tempo e trabalho. É necessário muita gente para coletar a maior quantidade de amostras que puderem como podem cobrir grandes áreas para monitorar precisamente a população de patógenos. Além disso, isolando os patógenos no laboratório é trabalhoso e tipicamente leva muitos meses e até um ano para determinar as estirpes que prevalecem em uma região.

O PathoTracer pode identificar o local da bactéria no campo usando folhas pequenas como amostras. As amostras podem ser enviadas para um laboratório certificado para desempenhar o teste genético e os resultados serão analisados pelo Instituto.

“Pode levar apenas uns meses para analisar as amostras”, explicou o Dr. Oliva. “Com o PathoTracer, podemos trazer anos de trabalho para provavelmente duas semanas. Em função de que a ferramenta pode rapidamente e eficientemente monitorar o patógeno presente em cada sessão, a transformação pode estar disponível antes de que uma safra termine”.

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