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Nova safra de soja na Bahia reafirma controle da ferrugem

Na última missão realizada pelo Ministério da Agricultura a praga foi considerada sob controle no oeste baiano


Na última missão realizada pelo Ministério da Agricultura, na segunda quinzena de março, a Ferrugem Asiática foi considerada sob controle no oeste baiano e, de quebra, o estado registrou o menor número de focos de todo o país. A nova safra deverá ser confirmada no chamado Raly da Safra, que começa dia 12 e deve durar quatro dias. Participam do evento, representantes de diversos órgãos que percorrem as principais áreas produtoras na região. No total, são 875 mil hectares de área plantada, com expectativa de alcançar produtividade média de 2.760kg por hectare, contra os 2.600 registrados na safra anterior. O diretor de defesa sanitária vegetal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Cássio Peixoto, destacou o empenho do sojicultor baiano no combate à doença. "Essa vitória é dos produtores. Eles se organizaram e o estado fez a sua ação de fomento", disse. Ele também destacou o apoio de diversos órgãos, como a Associação de Agricultores Irrigantes do Oeste da Bahia (Aiba), Fundação Bahia, Embrapa Soja, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Ministério da Agricultura, Banco do Nordeste, Bayer e Basf. O Programa Estratégico de Manejo da Ferrugem Asiática da Soja no Oeste da Bahia é considerado modelo no país. "Ele nasce como fruto de uma situação de catástrofe na safra 2002/2003 (os produtores perderam cerca de 500 mil toneladas do grão). Nós tivemos prejuízos da ordem de 30%, o que significou mais de US$100 milhões", relembra Peixoto. Entre diversas ações, o programa desenvolveu um sistema para a identificação do patógeno em tempo ágil, implantou um sistema de alerta e de disseminação de informações, além do amplo acompanhamento de educação sanitária. Na segunda etapa, estão sendo implantadas as unidades de Vigilância Epidemiológica - escritórios equipados com computador, fax e com a consultoria de profissional treinado para o diagnóstico rápido da doença - nas regiões de Rosário, Roda Velha, Ouro Verde, Luís Eduardo Magalhães e em Barreiras. Nos cálculos do diretor de defesa sanitária vegetal da Adab, a iniciativa privada já investiu R$200 mil em ações de controle, com a contrapartida dos órgãos públicos avaliada em R$500 mil. "A relação custo-benefício foi extremamente positiva", avalia Peixoto.

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