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Novas tecnologias para café conilon são apresentadas para produtores

Dia de Campo, realizado em Sooretama (ES), abordou adoção de tecnologias para melhorar produção


Produtores de café do norte do Espírito Santo tiveram a oportunidade de conhecer novas tecnologias para melhorar a rentabilidade da atividade. O Dia de Campo 'Ver para crer - Como produzir mais café conilon', realizado, no último sábado (31), na propriedade Rancho Alto, em Sooretama, discutiu temas relacionados à produção cafeeira, como proteção e nutrição das plantas e melhor aproveitamento da água na irrigação. Divididos em quatro grupos, cerca de 150 produtores da região puderam acompanhar as estações, montadas na lavoura de café da propriedade, para debater como conseguir melhores resultados no campo.

Na primeira estação, o engenheiro agrônomo da Bayer, Paulino Rebello, destacou a importância de combater a doença Phoma no cafezal, que ataca o chumbinho e é responsável pela perda de até 90% da produção. "A temperatura baixa e o excesso de umidade favorecem o desenvolvimento da doença. Se o produtor não tomar as medidas necessárias, as perdas da sua produção irão representar uma queda considerável na rentabilidade", diz Rebello, ressaltando a importância da adoção do programa 'Muito Mais Conilon' para diminuir as perdas da plantação.

Os problemas com adubação convencional também foram abordados no dia de campo. O assistente técnico da Timac Agro, Kelmer Gujanwski, apresentou a linha de produtos da empresa que possibilita maior rentabilidade. "Os produtores sofrem com acidificação, lixiviação, desequilíbrio do solo, entre outros fatores, ocasionados pela adubação. Adotando uma nutrição especial (Sulfammo, Base Ferti e Base Phos) é possível diminuir esses problemas do solo e aumentar a lucratividade", afirma.

Reforçando a importância da nutrição das plantas, a terceira estação apresentou uma novidade da adubação fosfatada. A inserção de moléculas naturais na fabricação do fósforo diferencia o produto Top Phos e favorece o aproveitamento do componente pelo cafezal. "As moléculas selecionadas promovem uma proteção do fósforo contra os efeitos de retrogradação, que é o aprisionamento da substância pelo solo que acaba não deixando a planta aproveitar ao máximo o nutriente", explica Eristófanes Bezerra, engenheiro agrônomo e especialista em nutrição de plantas e fertilidade do solo.

Segundo Bezerra, essa diferença na composição do adubo consegue uma eficiência de 90 a 100%, enquanto a adubação fosfatada simples chega a 45%.

Devido a pouca disponibilidade de água doce no mundo e a grande parcela de utilização deste recurso pela agricultura, a quarta e última estação abordou a necessidade do melhor aproveitamento da água na irrigação, evitando o desperdício dos recursos hídricos. De acordo com Adenauer Cunha, responsável pelo setor de irrigação da Defagro, os sistemas de irrigação localizada, por gotejamento ou micro-aspersão, são mais eficientes, já que permitem o direcionamento do uso da água na planta, obtendo maior eficiência. Além disso, segundo ele, é possível utilizar a ferti-irrigação, o que diminui custos com a mão de obra para aplicação de insumos.

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