CI

Novas tecnologias são destaque no Dia de Campo do Irga

Governador Tarso Genro e o titular da Seapa, Luiz Fernando Mainardi, participaram do Dia de Campo


Governador Tarso Genro e o titular da Seapa, Luiz Fernando Mainardi, participaram do Dia de Campo
 
As novidades tecnológicas que permitirão incrementar a qualidade, produção e produtividade das lavouras de arroz, soja e milho do Estado foram apresentadas no Dia de Campo do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), que ocorreu nesta quarta-feira (08), em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O evento, que contou com a participação de mais de mil agricultores de todo o RS, contou com as participações do governador Tarso Genro e do titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Luiz Fernando Mainardi.

Tarso destacou que a situação orçamentária do Rio Grande do Sul para próximos três anos está resolvida. "Aos arrozeiros aqui presentes, que carregam essa tradição cultural e econômica brilhante do nosso Estado, e que lutam para ter grande produção de arroz de qualidade, quero dizer que o Executivo fez seu dever de casa. Outros governos diziam que o Estado estava quebrado e que não tinha dinheiro para nada. Mas eu digo o contrário: as secretarias têm dinheiro para fazer seus investimentos", destacou.

As novas cultivares, técnicas de manejo e dinâmicas de máquinas, distribuídas em seis estações de demonstração, foram visitadas pelo governador e pelo secretário Mainardi, que destacou a importância do evento no sentido de possibilitar a aproximação do produtor a tecnologias de ponta. "É no Dia de Campo que sabemos o que os produtores, as instituições de pesquisa, e os empresários desenvolveram para ajudar no crescimento da lavoura de arroz e da agropecuária gaúcha", apontou Mainardi.

Semeadora
Um dos destaques das demonstrações a campo foi a semeadora desenvolvida em parceria entre o Irga e a empresa gaúcha Industrial KF, que promete revolucionar o plantio de culturas de sequeiro como soja e milho, permitindo o cultivo dessas variedades em áreas de várzea, utilizadas, até então, apenas para arroz. "Trata-se de uma inovação extraordinária que aporta a uma tecnologia com padrão de invenção e criatividade invejável e que deve ser expandida para todo o Estado e para o Brasil", disse Tarso.

A partir da utilização da máquina, criada para plantio em um sistema conhecido como microcamalhão, os agricultores poderão contar com uma maior diversificação produtiva da propriedade. "Temos que pensar de forma ampla, dando maior estabilidade ao produtor, com garantia de preço e renda, por isso a diversificação da propriedade é importante, pois se não se consegue renda no arroz, se pode conseguir na soja, no milho", disse o secretário da Agricultura.

Geração de renda
Mainardi falou sobre dois conceitos que, para ele, são fundamentais no que se refere à produção de arroz no Rio Grande do Sul. "Queremos ser produtores de arroz por si só ou queremos renda? E a resposta para nós, é renda. A produção de arroz é o meio de o produtor obter renda, trabalhando no campo e aumentando a produtividade."

A segunda questão, de acordo com o secretário, seria conceitual: "o que nós somos? Arrozeiros ou produtores rurais? Se somos produtores rurais, o Irga tem que pensar a lavoura e a propriedade de forma diferente e mais ampla, com fez a partir dessa parceria com a empresa KF, que permite a produção de soja e milho em áreas baixas." Com essa tecnologia, é possível aumentar a média de sacas por hectare, saltando de 35 sacas por hectare para mais de 50. "Usando o exemplo de arroz, vamos botar água no pé para produzir milho e soja", disse Mainardi.

A máquina permite, ainda, um sistema de irrigação das lavouras por meio de sulcos. O presidente do Irga, Cláudio Pereira, que com essa tecnologia é possível irrigar sem a necessidade de equipamentos de irrigação, utilizando a terra úmida e ainda o sistema de rotação de culturas. "Essa máquina deve chegar no mercado ao longo do ano", disse.

Pereira destacou ainda a apresentação, durante o Dia de Campo, de três novas variedades de sementes de arroz desenvolvidas pelo Irga que já podem ser usadas pelos arrozeiros. O presidente do IRGA também destacou os bons preços pagos pelo arroz, a redução em 10% da área cultivada, em função da falta de água e a consequente redução da safra de arroz. "Vamos colher 1,5 milhão de toneladas a menos do que na safra passada, em torno de 7,5 milhões de toneladas, ante os 9 milhões colhidos no período passado", concluiu Pereira.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.