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Novas variedades de algodão serão apresentadas pela FMT

Materiais resistentes a doenças estarão disponíveis para safra comercial 2008/09


A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vai apresentar duas novas variedades de algodão, que ainda estão na fase pré-comercial, durante a visita técnica de cultivares de algodão, que acontece no próximo sábado (07-07), na Fazenda Girassol, na Serra da Petrovina (70 quilômetros de Rondonópolis). De acordo com o pesquisador da área de melhoramento de algodão da Fundação MT, Paulo Aguiar, as novidades são a FMT 502 e a FMT 703. Os materiais serão disponibilizados comercialmente somente na safra 08/09.

A diferença dos dois novos materiais em relação aos demais - já lançados comercialmente pela entidade - é a preocidade, a tolerância aos nematóides e à ramulose (FMT 502) e a resistência à ramulária (FMT 703). As variedades são resistentes ainda a viroses e bacterioses. Somente com a ramulária o custo anual dos cotonicultores mato-grossenses chega a ser de mais de US$ 30 milhões. Em média, são necessárias de quatro a cinco aplicações de fungicidas por safra para combater a doença.

Durante o evento, a Fundação MT também vai apresentar variedades de algodão que já estão no mercado. É o caso, por exemplo, da FMT 501, FMT 701 e FMT 702, lançadas no ano passado. A FMT 501, que começou a ser comercializada na safra passada, é apropriada para a safrinha de algodão, plantada entre janeiro e fevereiro, uma vez possui um ciclo precoce. O ciclo da cultivar é de 10 a 15 dias menor que o da Fiber Max 966, por exemplo, uma das variedades bastante difundidas entre os agricultores mato-grossenses.

Já a FMT 702 é indicada para abertura da safra de verão por possuir ciclo médio a tardio. A cultivar também é resistente à ramulose, uma das doenças que ataca as lavouras de algodão e garante uma produtividade média de 250 arrobas por hectare. A FMT 701, variedade que tem uma alta tolerância aos nematóides, tem sido o carro-chefe da Fundação MT desde a última safra. A cultivar responde de maneira rápida aos nutrientes do solo, o que garante um desenvolvimento mais ágil à planta.

Nesta safra, a FMT 701 ocupou cerca de 40% da área plantada com algodão no Estado – o que equivale a aproximadamente 220 mil hectares.

Na visita técnica de cultivares de algodão, serão mostrados ainda os resultados com ensaio de controle químico da ramulária e recomendações sobre como manter a lavoura saudável com um bom controle de pragas e doenças. O evento vai abordar ainda as vantagens do Benex, um programa que visa manter a credibilidade do algodão brasileiro no mercado.

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