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Novo café OGM resiste ao clima e deve tomar conta

Cultivo tem risco de extinção


Uma nova variedade de café transgênico, batizada de Centroamericano, é capaz de resistir às diferentes mudanças no clima. O cultivo é um dos mais sensíveis a pragas para seu desenvolvimento e geralmente é plantado em regiões muito úmidas e quentes, como Brasil, Vietnã, Colômbia, Indonésia e Etiópia.

A Organização Não Governamental World Coffee Research diz que há pelo menos outras 46 variedades de café sendo desenvolvidas. “O café não está pronto para se adaptar às mudanças climáticas sem ajuda”, afirma Doug Welsh, vice-presidente da marca Peet’s Cooffe, uma das investidoras da pesquisa da WCR em nota do jornal Gazeta do Povo.

Segundo o pós-doutorando do Centro Internacional de Agricultura Tropical que analisou as mudanças nas regiões cafeeiras, Christian Bunn, o aumento das temperaturas ameaça reduzir as áreas cultiváveis da maioria desses países. Além dissso, a temperatura não é o único fator que influi na incidência de pragas. Em algumas regiões da América Central são esperadas mais chuvas e estações secas mais curtas, que seriam necessárias para colher e utilizar os grãos secos com maior vulnerabilidade ao café por ser o cultivo com apenas duas variedades.

Para alguns especialistas, o café atualmente sofre risco de extinção. “As áreas de café podem resistir de 20 a 30 anos, mas uma perda não permite ao agricultor fazer o replantio imediatamente, até porque o café pode levar três anos para amadurecer. Assim, os produtores podem passar anos sem renda até conseguir novas plantas de café. Nesses cenários, os produtores pagam caro", afirmou Aaron Davis, pesquisador de café britânico. A popularização do novo cultivo ainda depende da produção em larga escala.

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